FOTO: ADRIANO MACHADO/REUTERS – 25.MAR.2020

O governo federal decidiu adiar por uma semana o início de novas regras para a entrada de viajantes ao país depois que o site do Ministério da Saúde e a página do ConecteSUS, que fornece o Certificado Nacional de Vacinação contra a covid-19, saíram do ar devido a um suposto ataque de hackers nesta sexta-feira (10).

As novas regras entrariam em vigor neste sábado (11) devido ao surgimento da ômicron, variante do novo coronavírus potencialmente mais transmissível identificada pela primeira vez no fim de novembro na África do Sul. O Brasil já registrou casos de covid-19 causados pela mutação do vírus, nenhum deles grave até o momento.

Entre as medida s adiadas, estão a necessidade de apresentação de teste da covid-19 realizado até 72 horas antes do embarque e cumprimento de quarentena de cinco dias de passageiros de voos internacionais que não se vacinaram contra a doença. Apesar da recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o governo federal não adotou a exigência do passaporte vacinal, que Jair Bolsonaro classificou como uma “coleira”. O governo de São Paulo tem cogitado adotar a medida à revelia do Ministério da Saúde. Estados dizem ser inviável fiscalizar as quarentenas.

Para viajantes que chegarem ao país por via terrestre, seria exigido comprovante de vacinação ou teste negativo de covid-19. A medida constava de uma portaria publicada no Diário Oficial da União na quinta-feira (9) e também foi adiada por uma semana. Como os sistemas do Ministério da Saúde estão do ar, o governo decidiu postergar por sete dias o início da vigência das regras para não prejudicar brasileiros que estão fora do país e pretendem retornar.

A Polícia Federal investiga o ataque. Até o fim da tarde desta sexta-feira (10), não havia certeza sobre sua extensão. A queda do sistema causou prejuízo ao público. Em Teresina, houve demora na vacinação , porque a secretaria de saúde não conseguiu usar o cadastro nacional e precisou usar um aplicativo alternativo. Na Bahia, passageiros que fariam viagens intermunicipais perderam o ônibus por não conseguirem comprovar a vacinação.

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