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PF vê semelhanças entre Bolsonaro e milícias digitais

Da Redação

11 de fevereiro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h20)

Relatório da Polícia Federal diz que modo de agir do presidente se assemelha a ‘ações orquestradas’ contra adversários políticos e instituições democráticas. Documento também cita ‘gabinete do ódio’ supostamente alocado no Palácio do Planalto

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FOTO: REPRODUÇÃO/YOUTUBE JAIR BOLSONARO

Gomes e Bolsonaro, sentados à mesa. Ao fundo, telões exibem boneco com os dizeres "voto impresso auditável"

O presidente Jair Bolsonaro (à dir) e o coronel da reserva Eduardo Gomes, durante live sobre o sistema de urnas eletrônicas

A Polícia Federal enviou nesta quinta-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal o relatório parcial do chamado inquérito das milícias digitais, que investiga o envolvimento de aliados e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em atos contra a democracia e na disseminação de notícias falsas.

No documento, a delegada do caso, Denisse Dias Rosas Ribeiro, encarregada de diferentes inquéritos sobre Bolsonaro e seu entorno, disse ver semelhanças entre o“modo de agir” do presidente e grupos que promovem a desinformação sobre instituições, adversários políticos, o sistema eleitoral brasileiro e a pandemia. Ela citou como exemplo a live de 2021 em que Bolsonaro atacou sem provas as urnas eletrônicas, além da ampla divulgação de tratamentos ineficazes contra a covid-19 e de informações falsas sobre as vacinas.

A delegada citou as ações do presidente no contexto de umaatuação orquestrada das milícias digitais, ligada ao chamado gabinete do ódio”, composto por assessores do presidente supostamente alocados no Palácio do Planalto com o intuito de coordenar a campanha virtual de difamação e desinformação.

Ribeiro afirma no relatório que o grupo age com o nítido propósito de manipular a audiência distorcendo dados, levando o público a erro e induzindo-o a aceitar como verdade aquilo que não possui lastro na realidade, por meio de contas inautênticas automatizadas em massa (robots) para potencializar o alcance das mensagens difundidas”. E que, além disso, insinuaria a utilização da estrutura de Estado para atuar investigando todos.

O inquérito é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes , que também conduz outras processos que têm Bolsonaro e seu entorno como alvos. O relatório da Polícia Federal, que não é conclusivo, veio a público dois dias depois que Moraes autorizou o compartilhamento de provas do inquérito que apura a atuação do presidente no vazamento de dados sigilosos da Polícia Federal com outras duas investigações – uma delas, a das milícias digitais.

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