Parlamento finlandês aprova adesão à Otan. Suécia assina carta

Da Redação

17 de maio de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h30)

Candidaturas de países nórdicos a vaga em aliança militar ocorrem após invasão russa à Ucrânia. Moscou, que se opõe à expansão do bloco, diz que entrada terá respostas, se ocorrer

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FOTO: LEHTIKUVA/EMMI KORHONEN/REUTERS – 16.MAI.2022

Mulher branca de cabelos longos e castanhos discursa ao microfone em pé. Atrás dela, há pessoas sentadas, que a ouvem.

Primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, em sessão do Parlamento do país em Helsinque

O Parlamento da Finlândia aprovou por maioria nesta terça-feira (17) a proposta do governo para que o país solicite a adesão à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar da qual fazem parte Estados Unidos e outros países europeus.

O presidente finlandês, Sauli Niinisto, havia anunciado oficialmente no domingo (15) que o país iria se candidatar à adesão, mas a decisão dependia da aprovação do Parlamento. O pedido do governo foi aprovado por 188 parlamentares. Oito votaram contra.

O pedido de adesão à Otan encerra uma tradição de neutralidade da Finlândia que vem desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O país tomou a decisão motivado pela invasão da Rússia à Ucrânia, que se estende desde fevereiro. A Finlândia divide 1.340 km de fronteira com a Rússia.

Também nesta terça-feira (17), a ministra de Relações Exteriores sueca, Ann Linde, disse que assinou a carta oficial que o país entregará à Otan solicitando a adesão à aliança. O país havia anunciado na sexta (13) a intenção de solicitar a candidatura. O Parlamento precisa aprovar a decisão.

Dirigentes da Otan afirmam que os países são bem-vindos na aliança. A concretização da adesão, porém, não é imediata — o processo pode demorar até um ano. Há ainda uma resistência da Turquia, país membro da aliança, que sinaliza veto à chegada dos dois países. Tanto Finlândia quanto Suécia têm recebido ameaças do governo russo, que se opõe à expansão da aliança ocidental.