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Amazônia registra maior devastação dos últimos 15 anos

Da Redação

16 de setembro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h42)

De acordo com dados levantados pelo Imazon, foram destruídos 7.943 km² de floresta somente nos oito primeiros meses de 2022, o que já supera o desmatamento do ano de 2021 inteiro

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FOTO: UESLEI MARCELINO/REUTERS – 14.AGO.2020

À direita, no alto, um falcão voa. Abaixo, há uma área verde e branca, com folhas espalhadas, troncos caídos e solo queimado.

Falcão voa por cima de área desmatada e queimada próxima a Porto Velho (RO)

O desmatamento na Amazônia nos oito primeiros meses de 2022 superou a perda de vegetação do bioma no ano de 2021 inteiro e já é a maior devastação dos últimos 15 anos , segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).

Ao todo, foram destruídos 7.943 km² de floresta em 2022, o que equivale a mais de seis vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro. O levantamento também aponta que, quando levado em consideração o mês de agosto de forma isolada a área desmatada foi de 1.415 km², que corresponde a um território aproximadamente quatro vezes maior que Belo Horizonte.

De acordo com o Imazon, os satélites usados em sua medição são mais precisos do que os utilizados no Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), sistema adotado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Isso porque eles têm a capacidade de identificar áreas devastadas a partir um hectar, enquanto o Deter só consegue constatar a perda de vegetação em um espaço de no mínimo três hectares.

O ano de 2022 tem sido caracterizado por marcas alarmantes no que diz respeito à devastação da Amazônia. De acordo com o Inpe, a área em alerta de desmatamento no bioma de janeiro a junho foi de 3.988 km² , um recorde para o período. Dados do Imazon coletados de agosto de 2021 a julho de 2022 mostram que foram desmatados 10,7 mil km² no período, a maior área de vegetação destruída em 15 anos. Os números apresentados pelo Inpe e pelo Imazon podem apresentar incongruências entre si por conta das metodologias diferentes.

Além do desmatamento, as florestas também sofrem com as queimadas, que, segundo o Imazon, cresceram 54 vezes na região amazônica em agosto na comparação com o mesmo mês de 2021. De acordo com o Inpe, a perda de vegetação ocasionada por este tipo de fenômeno teve números recordes nos meses de maio e junho deste ano, com 2.287 e 2.562 focos de incêndio, respectivamente. Embora o clima mais seco do inverno faça com que ocorram mais queimadas de forma natural, há também focos de incêndio causados por criminosos, como grileiros que ocupam áreas ilegalmente para praticar agricultura.

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