Concentração de riqueza se acentuou desde a pandemia, diz relatório
Da Redação
14 de janeiro de 2024(atualizado 15/01/2024 às 17h03)Documento produzido pela ONG Oxfam mostra que super-ricos ficaram ainda mais ricos, enquanto bilhões ficaram mais pobres ao redor do planeta
Pássaros voam próximos a Favela do Vidigal, no Rio de Janeiro.
A concentração de riqueza no mundo se acentuou desde 2020. É o que argumenta um relatório publicado pela ONG (Organização Não Governamental) Oxfam neste domingo (14), véspera da abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Essa maior concentração é resultado de dois movimentos paralelos, segundo a Oxfam. Por um lado, os super-ricos ficaram ainda mais ricos, em boa parte por causa dos lucros recordes distribuídos por grandes empresas a seus acionistas.
US$ 1,78 trilhão
foi o lucro somado das 148 maiores empresas do mundo em 12 meses até junho de 2023, um recorde na série construída pela Oxfam desde 2017
Por outro lado, quase cinco bilhões de pessoas perderam patrimônio em termos reais desde 2019. Ou seja, essas pessoas ficaram mais pobres desde a eclosão da pandemia de covid-19, quando se considera o efeito da inflação.
A Oxfam recomenda que essa desigualdade seja atacada com algumas medidas. Entre elas, está a elevação dos impostos sobre os mais ricos (e das grandes empresas) — algo que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva colocou em sua agenda em 2023, como mostrou o Nexo em Expresso de agosto.
Para a Oxfam, a proposta de taxar as pessoas mais ricas do mundo pode não só diminuir a desigualdade, como também financiar políticas públicas voltadas à população de renda mais baixa. O Nexo explicou esse argumento em um Expresso de janeiro de 2023.
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