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Protestos contra Maduro têm mortes e centenas de presos

Da Redação

30 de julho de 2024(atualizado 31/07/2024 às 09h37)

Partido de oposição diz que líder político foi sequestrado por autoridades agentes da Inteligência Bolivariana. Imagens mostram momento da abordagem

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FOTO: Samir Aponte/REUTERS

Manifestante em ato contra governo Maduro em Puerto La Cruz, na Venezuela

Os protestos contra a nova reeleição de Nicolás Maduro realizados na segunda (29) e na terça-feira (30) deixaram pelo menos 11 mortos, segundo a ONG Foro Penal,  especializada na defesa de presos políticos. O presidente mandou as Forças Armadas e policiais para as ruas a partir de quarta (31) “até que haja a consolidação do plano de paz”.

Os atos foram convocados pela oposição, que alega que o resultado do pleito presidencial de domingo (28) foi fraudado. O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, anunciou que centenas de pessoas foram detidas e que os presos por vandalismo serão acusados de “atos de terrorismo”. 

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é a quantidade de pessoas detidas por autoridades nos protestos contra o governo Maduro na segunda-feira (29), segundo o procurador-geral, Tarek Saab

Conforme explicou o jornal Folha de S.Paulo, as vítimas seriam das cidades de Yaracuy, Aragua e da capital Caracas. O jornal espanhol El País também afirma que há pelo menos 25 estudantes desaparecidos desde a segunda-feira (29). Eles teriam participado de um ato em frente à Universidad Nacional Experimental de Seguridad, em Caracas. 

Nesta terça-feira (30), o político de oposição Freddy Superlano foi detido, segundo informou o partido Vontade Popular, do qual ele faz parte. Como mostrou o jornal O Globo, o VP diz que Superlano foi sequestrado por autoridades venezuelanas. Imagens do momento da abordagem mostram o político sendo levado por agentes da Inteligência Bolivariana.

Os questionamentos sobre o resultado do pleito que deu um terceiro mandato à Maduro acontecem desde a madrugada da segunda-feira (29), quando o Conselho Nacional Eleitoral afirmou que o atual presidente recebeu 55% dos votos, ante 44% do opositor Edmundo González. 

A campanha de González disse que o candidato da oposição venceu e pediu a divulgação de atas da votação para a verificação dos dados, o que não foi feito até então. Vários governos se manifestaram pedindo transparência, inclusive o Brasil. Como contou o Nexo em Expresso, o regime Maduro expulsou embaixadores de sete países latino-americanos que fizeram questionamentos mais contundentes à eleição.

A OEA (Organização dos Estados Americanos) afirmou nesta terça-feira (30) não reconhecer o resultado do pleito presidencial, como mostrou o site G1. Em relatório, o órgão afirma que há relatos de “ilegalidades, vícios e más práticas” na apuração dos votos. 

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