
Em novembro de 2016, logo após as eleições americanas, o jornal “The New York Times” publicou um mapa em que dividia os Estados Unidos em dois tipos de território: o país que votou em Hillary Clinton e o que votou em Donald Trump.
A partir dessa ideia, o Nexo desenvolveu os mapas a seguir dividindo o Brasil de acordo com a categoria fundiária de suas terras. Com isso é possível compreender quais as dimensões do Brasil público e do privado, bem como o tamanho do território destinado aos indígenas, aos assentamentos e às terras de conservação ambiental pelo país.
O Brasil privado
Terras privadas incluem terras do programa de assentamentos rurais, terrenos com Cadastro Ambiental Rural, imóveis privados cadastrados no Incra ou no Programa Terra Legal e áreas não catalogadas em bancos de dados públicos
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Se o território brasileiro consistisse apenas nas terras privadas, ele teria 53% da área do Brasil original, sem a maior parte da região Norte
mg
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Mato Grosso do Sul (92%), Espírito Santo (91%) e Goiás (90%) são os três Estados que preservariam a maior parte de seu território
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O Brasil público
Terras públicas incluem áreas militares, terras indígenas e unidades de conservação e terras não destinadas, que são terras públicas ainda sem destino dado pelo governo
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Caatinga do
Sudoeste
Piauiense
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Se o território brasileiro consistisse apenas em suas terras públicas, ele teria 47% de sua área original, concentrada sobretudo na região Norte
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Cerrado do
Pantanal
Sul-Matogrossense
Amazonas (94%), Amapá (93%) e Roraima (14%) são os três Estados que preservariam a maior parte de seu território
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Mata Atlântica
do Vale do Ribeira
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Unidades de
conservação ambiental
Áreas indígenas
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O artigo 231 da Constituição Federal atribui à União a competência de demarcar e proteger terras tradicionalmente ocupadas por indígenas, estabelecendo os critérios a serem considerados nessa demarcação. Segundo a lei, os povos indígenas devem habitar a área em caráter permanente, sendo ela necessária à “reprodução física e cultural” dessa população.
São considerados dois tipos de unidade de conservação ambiental: as sustentáveis e as integrais. O primeiro tipo, que compõe 2% da área, tem como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável, enquanto o segundo, onde se encontram 10% das terras, visa exclusivamente preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais.
Atualmente essas terras representam 13% da área do país. Roraima (46%), Amazonas (28%) e Pará (22%) são os três Estados com as maiores áreas indígenas.
No Brasil, 12% das terras se encontram nessas categorias. Amapá (63%), Acre (32%) e Pará (26%) são os três Estados que possuem maior proporção de suas terras em unidades de conservação.
Terras Não
Destinadas
Assentamentos
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Assentamentos são conjuntos de unidades agrícolas instaladas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) onde originalmente existia um imóvel rural pertencente a um único proprietário que foram desapropriadas para reforma agrária. Os assentados pagam ao Incra pela terra com o compromisso de habitá-la e usá-la para seu sustento por meio de mão de obra familiar.
Terras públicas não destinadas — ou “desprotegidas” — é a atribuição dada aos territórios aos quais o governo federal ainda não deu nenhum destino. Elas correspondem a 10% da área do Brasil (mais que as áreas de São Paulo e Minas Gerais somadas) e são alvos frequentes de disputas, grilagens e desmatamentos ilegais.
Estão localizadas principalmente no Amazonas (35%), Roraima (17%) e Acre (19%).
Assentamentos compõem 5% da área do território brasileiro com maior extensão nos Estados do Acre (10%), Maranhão (10%), Rio Grande do Norte (9%), Pará (9%) e Amapá (9%).

Em novembro de 2016, logo após as eleições americanas, o jornal “The New York Times” publicou um mapa em que dividia os Estados Unidos em dois tipos de território: o país que votou em Hillary Clinton e o que votou em Donald Trump.
A partir dessa ideia, o Nexo desenvolveu os mapas a seguir dividindo o Brasil de acordo com a categoria fundiária de suas terras. Com isso é possível compreender quais as dimensões do Brasil público e do privado, bem como o tamanho do território destinado aos indígenas, aos assentamentos e às terras de conservação ambiental pelo país.
O Brasil privado
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Se o território brasileiro consistisse apenas nas terras privadas, ele teria 53% da área do Brasil original, sem a maior parte da região Norte
Mato Grosso do Sul (92%), Espírito Santo (91%) e Goiás (90%) são os três Estados que preservariam a maior parte de seu território
Terras privadas incluem terras do programa de assentamentos rurais, terrenos com Cadastro Ambiental Rural, imóveis privados cadastrados no Incra ou no Programa Terra Legal e áreas não catalogadas em bancos de dados públicos
O Brasil público
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Se o território brasileiro consistisse apenas em suas terras públicas, ele teria 47% de sua área original, concentrada sobretudo na região Norte
Amazonas (94%), Amapá (93%) e Roraima (14%) são os três Estados que preservariam a maior parte de seu território
Terras públicas incluem áreas militares, terras indígenas e unidades de conservação e terras não destinadas, que são terras públicas ainda sem destino dado pelo governo
Áreas indígenas
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O artigo 231 da Constituição Federal atribui à União a competência de demarcar e proteger terras tradicionalmente ocupadas por indígenas, estabelecendo os critérios a serem considerados nessa demarcação. Segundo a lei, os povos indígenas devem habitar a área em caráter permanente, sendo ela necessária à “reprodução física e cultural” dessa população.
Atualmente essas terras representam 13% da área do país. Roraima (46%), Amazonas (28%) e Pará (22%) são os três Estados com as maiores áreas indígenas.
Unidades de
conservação ambiental
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São considerados dois tipos de unidade de conservação ambiental: as sustentáveis e as integrais. O primeiro tipo, que compõe 2% da área, tem como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável, enquanto o segundo, onde se encontram 10% das terras, visa exclusivamente preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais.
No Brasil, 12% das terras se encontram nessas categorias. Amapá (63%), Acre (32%) e Pará (26%) são os três Estados que possuem maior proporção de suas terras em unidades de conservação.
Assentamentos
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Assentamentos são conjuntos de unidades agrícolas instaladas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) onde originalmente existia um imóvel rural pertencente a um único proprietário que foram desapropriadas para reforma agrária. Os assentados pagam ao Incra pela terra com o compromisso de habitá-la e usá-la para seu sustento por meio de mão de obra familiar.
Assentamentos compõem 5% da área do território brasileiro com maior extensão nos Estados do Acre (10%), Maranhão (10%), Rio Grande do Norte (9%), Pará (9%) e Amapá (9%).
Terras Não
Destinadas
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Terras públicas não destinadas — ou “desprotegidas” — é a atribuição dada aos territórios aos quais o governo federal ainda não deu nenhum destino. Elas correspondem a 10% da área do Brasil (mais que as áreas de São Paulo e Minas Gerais somadas) e são alvos frequentes de disputas, grilagens e desmatamentos ilegais.
Estão localizadas principalmente no Amazonas (35%), Roraima (17%) e Acre (19%).

Em novembro de 2016, logo após as eleições americanas, o jornal “The New York Times” publicou um mapa em que dividia os Estados Unidos em dois tipos de território: o país que votou em Hillary Clinton e o que votou em Donald Trump.
A partir dessa ideia, o Nexo desenvolveu os mapas a seguir dividindo o Brasil de acordo com a categoria fundiária de suas terras. Com isso é possível compreender quais as dimensões do Brasil público e do privado, bem como o tamanho do território destinado aos indígenas, aos assentamentos e às terras de conservação ambiental pelo país.
O Brasil privado
Terras privadas incluem terras do programa de assentamentos rurais, terrenos com Cadastro Ambiental Rural, imóveis privados cadastrados no Incra ou no Programa Terra Legal e áreas não catalogadas em bancos de dados públicos
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Se o território brasileiro consistisse apenas nas terras privadas, ele teria 53% da área do Brasil original, sem a maior parte da região Norte
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Mato Grosso do Sul (92%), Espírito Santo (91%) e Goiás (90%) são os três Estados que preservariam a maior parte de seu território
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O Brasil público
Terras públicas incluem áreas militares, terras indígenas e unidades de conservação e terras não destinadas, que são terras públicas ainda sem destino dado pelo governo
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Se o território brasileiro consistisse apenas em suas terras públicas, ele teria 47% de sua área original, concentrada sobretudo na região Norte
Cerrado do Pantanal
Sul-Matogrossense
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Amazonas (94%), Amapá (93%) e Roraima (14%) são os três Estados que preservariam a maior parte de seu território
Mata Atlântica
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Áreas indígenas
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O artigo 231 da Constituição Federal atribui à União a competência de demarcar e proteger terras tradicionalmente ocupadas por indígenas, estabelecendo os critérios a serem considerados nessa demarcação. Segundo a lei, os povos indígenas devem habitar a área em caráter permanente, sendo ela necessária à “reprodução física e cultural” dessa população.
São considerados dois tipos de unidade de conservação ambiental: as sustentáveis e as integrais. O primeiro tipo, que compõe 2% da área, tem como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável, enquanto o segundo, onde se encontram 10% das terras, visa exclusivamente preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais.
No Brasil, 12% das terras se encontram nessas categorias. Amapá (63%), Acre (32%) e Pará (26%) são os três Estados que possuem maior proporção de suas terras em unidades de conservação.
Atualmente essas terras representam 13% da área do país. Roraima (46%), Amazonas (28%) e Pará (22%) são os três Estados com as maiores áreas indígenas.
Terras Não
Destinadas
Assentamentos
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Assentamentos são conjuntos de unidades agrícolas instaladas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) onde originalmente existia um imóvel rural pertencente a um único proprietário que foram desapropriadas para reforma agrária. Os assentados pagam ao Incra pela terra com o compromisso de habitá-la e usá-la para seu sustento por meio de mão de obra familiar.
Terras públicas não destinadas — ou “desprotegidas” — é a atribuição dada aos territórios aos quais o governo federal ainda não deu nenhum destino. Elas correspondem a 10% da área do Brasil (mais que as áreas de São Paulo e Minas Gerais somadas) e são alvos frequentes de disputas, grilagens e desmatamentos ilegais.
Estão localizadas principalmente no Amazonas (35%), Roraima (17%) e Acre (19%).
Assentamentos compõem 5% da área do território brasileiro com maior extensão nos Estados do Acre (10%), Maranhão (10%), Rio Grande do Norte (9%), Pará (9%) e Amapá (9%).
Observações: Os dados do gráfico vêm do Atlas Agropecuário, resultado de uma colaboração entre o Imaflora, o GeoLab da Esalq/USP e o Royal Institute of Technology (KTH-Suécia). O trabalho utilizou dados governamentais públicos para catalogar as terras em 20 categorias.
Fontes: Atlas da Agropecuária Brasileira - Imaflora, Incra e CBN.
ESTAVA ERRADO:Uma versão anterior deste gráfico elencava o Distrito Federal como tendo o terceiro maior percentual de terras públicas do país (87%), quando o certo é 42%. Essa informação foi corrigida às 12h do dia 19 de março de 2018.