A saúde mental minada pela exaustão, ansiedade e solidão
Bruno Fiaschetti
21 de dezembro de 2020(atualizado 28/12/2023 às 13h04)Ao longo do mês de dezembro, o ‘Nexo’ destaca 20 características do nosso tempo que foram escancaradas no ano de 2020. Neste capítulo, mostra como a pandemia afetou o psicológico da população
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Profissional da saúde e um paciente com o novo coronavírus usando máscaras de proteção.
Ansiedade, depressão , estresse, solidão, cansaço , burnout . A prevalência de problemas como esses na população mundial é às vezes descrita como epidemias dos tempos atuais. Em 2020, diante dos enormes efeitos sanitários, sociais e econômicos da pandemia do novo coronavírus, essas ameaças à saúde mental se mostraram ainda mais urgentes.
À preocupação com a própria saúde física e de pessoas próximas se somou a insegurança financeira e a falta de convívio social . Sintomas como dificuldade para dormir e se concentrar e o esgotamento físico e psíquico foram alguns dos mais recorrentes em meio às muitas crises causadas pela covid-19. Médicos e enfermeiros lidaram com a sobrecarga em meio ao colapso de sistemas de saúde, enquanto outros trabalhadores essenciais se arriscaram nas ruas em situação precária .
Mais pessoas passaram a trabalhar de casa , o que para muitos significou um obscurecimento das fronteiras entre o emprego e os períodos de lazer e descanso. Famílias precisaram adaptar suas rotinas para prestar maiores cuidados e dar aulas aos filhos . Com o fechamento das escolas, as restrições do isolamento social também afetaram a saúde mental de crianças e adolescentes em idade escolar.
A pandemia escancarou a necessidade de um olhar mais atento às questões de ordem psicológica, em especial no Brasil, onde as desigualdades socioeconômicas produzem uma assimetria no acesso aos serviços de cuidado com a saúde mental.
Abaixo, o Nexo lista cinco conteúdos publicados em 2020 que ajudam a revisitar e entender o assunto.
Descanso de um profissional da linha de frente do combate ao novo coronavírus em hospital em Roma, Itália
A infectologista Christina Gallafrio Novaes vem trabalhando sem descanso em cinco hospitais particulares de São Paulo e também no Hospital das Clínicas. Na conversa com a ‘Gama’, ela fala da rotina dos médicos e sobre o futuro da pandemia
Homem trabalha de casa
Estudo da FGV revela baixos índices de bem-estar e saúde mental entre trabalhadores. Ministério Público do Trabalho propõe recomendações para formato
Cerca de 300 cidades não têm psicólogos e quase 3.000 não contam com psiquiatras. Os dados são de dezembro de 2019
Maquiagem com as cores da bandeira trans
Pesquisa do coletivo #VoteLGBT coordenada por pesquisadores da Unicamp e UFMG evidencia agravamento de fragilidades econômicas e sociais devido à crise sanitária
Retrato da neurocientista Natália Mota
Em entrevista para ‘Gama’, a neurocientista Natália Mota fala sobre como a busca pela produtividade extrema é perigosa
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