Água é um dos temas centrais do século 21
Camilo Rocha
07 de abril de 2018(atualizado 28/12/2023 às 02h08)Em série, o 'Nexo' apresentou diferentes recortes do assunto, da influência do desmatamento na escassez hídrica à privatização do saneamento básico
Insegurança hídrica é preocupação em diversas áreas do planeta
No dia 22 de março, comemorou-se o Dia Mundial da Água. Em Brasília, entre os dias 18 e 23 de março, aconteceu o Fórum Mundial da Água. ONexo aproveitou as datas para tratar de alguns dos aspectos relevantes deste assunto, em cinco conteúdos (quatro expressos e um gráfico).
Entre as grandes preocupações do século 21, a água ocupa papel de destaque. Maior consumo humano das fontes de água doce, crescentes danos ambientais e mudanças climáticas aparecem como fatores que contribuem para elevar as chances de insegurança hídrica em diversas áreas do planeta.
Além disso, a qualidade da água se torna cada vez mais degradada em muitas áreas, por problemas como poluição e saneamento inadequado. Com isso, os custos de tratamento da água aumentam e os riscos à saúde pública são potencializados. Mesmo quando há água potável disponível em quantidades suficientes, ela não está à disposição de todos por fatores econômicos que limitam o acesso.
A série se iniciou expondo algumas das opções para que cidades se preparem melhor no enfrentamento das crises hídricas. A estratégia é depender menos do clima, e investir em iniciativas como a dessalinização e o reúso da água já presente no sistema. Entretanto, no Brasil, a falta de debate e de legislação ainda atrapalham algumas destas saídas.
Na semana seguinte, foram abordados estudos que explicam os possíveis efeitos do desmatamento no abastecimento de água. Um destes é o célebre “O futuro climático da Amazônia”, do cientista Antônio Nobre, publicado em 2014. Aspectos como a frequência de chuvas e a diminuição do volume de água em lençóis freáticos podem ser potencializados pela redução da cobertura verde.
Depois, a equipe de gráficos doNexo compilou dados sobre acesso à água, dependência de outros países, capacidade de renovação de recursos hídricos e utilização por diferentes setores para vários países, em seis peças visuais com mapas e dados.
A terceira reportagem abordou a crescente atuação de empresas privadas na gestão de água e esgoto no país. Na mesma semana, o presidente Michel Temer havia defendido parcerias com o setor privado para avançar com o acesso ao saneamento básico no país. Especialistas ouvidos pelo Nexo, entretanto, alertaram para a necessidade de regulação e controle da atuação das empresas.
No último texto da série, elencamos três propostas para enfrentar os problemas hídricos globais. Documentos propõem gerenciamento de ecossistemas e governança internacional como saídas para os grandes desafios hídricos do século 21.
Chuvas menores devem impactar na vazão dos rios do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, segundo especialista
Diversificação de sistemas é uma saída que vem ganhando espaço. Debate e legislação ainda precisam avançar no Brasil, segundo especialistas
Cientistas se preocupam com total desmatado na Amazônia nos próximos 50 anos
Estudos mostram que a frequência de chuvas e a diminuição do volume de água em lençóis freáticos podem ser potencializados pelo desmatamento
Veja dados sobre acesso a água, dependência de outros países, capacidade de renovação de recursos hídricos e utilização por diferentes setores para vários países
Concessionárias privadas estão presentes em 322 municípios em 18 estados
Participação do setor privado no setor é defendida como saída para falta de recursos públicos. Especialistas defendem regulação e controle
Relatório das Nações Unidas diz que soluções ‘estão mais próximas do que pensamos’
Documentos propõem gerenciamento de ecossistemas e governança internacional como saídas para os grandes desafios hídricos do século 21
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