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É uma honra ser anexado à lista de colunistas doNexo.
Escreverei quinzenalmente sobre muitas coisas relacionadas a economia, política e desenvolvimento. Geralmente, tudo junto e misturado.
Estreio hoje com um tema ingrato, mas fundamental: reforma dos partidos políticos. O Brasil não sairá do atoleiro em que está metido sem reformar a política, que é um relevante fator de risco para a economia. Um bom jeito de começar a mudança é tornando as instituições políticas, como os partidos, mais transparentes – quem sabe, mais inclusivas e funcionais também – para que as pessoas saibam como seus recursos são investidos na atividade política e, talvez, se sintam mais confortáveis em participar dela.
O tema é ingrato porque ninguém quer ouvir falar em organizações fechadas, nada confiáveis e corresponsáveis pela atual crise política. Fundamental porque, no atual modelo da democracia representativa – é o que há -, os partidos monopolizam a representação política formal – e recebem dinheiro público para isso. Se queremos ver algum tipo de mudança na política brasileira, os partidos têm que mudar. Até porque partidos funcionais geram democracias mais saudáveis.
O método clássico dos políticos brasileiros silenciarem a reforma dos partidos é clamarem por uma “nova” reforma política. Claro, toda vez que falam em reforma política, sobretudo agora que a maioria está na lama da Odebrecht, é para se protegerem ou se perpetuarem no poder. Nunca para oxigenar a democracia brasileira.
Humberto Laudaresé especialista em políticas públicas e desenvolvimento. É Ph.D em Economia pelo Graduate Institute, em Genebra (Suíça), e mestre pela Universidade Columbia (Estados Unidos). Fez Ciências Sociais na USP e Administração na FGV de São Paulo. Trabalhou com políticas públicas em governos, no parlamento e em organismos internacionais. Para acompanhar sua página no Facebook: www.facebook.com/laudares
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