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O Brasil não deverá ter estabilidade até as eleições de 2018.
O barco afundou de vez. Só faltava uma prova cabal para dizer que o Judiciário é omisso com o caixa dois no Brasil. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acabou com nossas dúvidas depois do julgamento da chapa Dilma-Temer, após três anos da eleição.
Eu não sei você, mas todo mundo com quem converso está enojado com a política brasileira. Em um país sem lideranças e sem partidos confiáveis, como iremos sair melhores dessa? Em um país que a cada 26 anos, em média, muda de regime político desde a Proclamação da República, o que esperar das próximas décadas?
Vivemos um ponto de interrogação. O Brasil pode continuar na mesma toada. Este será o destino caso nada for feito. Sempre penso isso quando leio as mensagens de vários grupos de WhatsApp que se propõem a discutir política. As pessoas parecem se encantar com suposições e conjecturas sobre o que acontecerá, quem fica, quem sai, o que cada político tem que fazer e porque está tudo errado em Brasília. A política nesse caso é tratada como se fosse uma paisagem, na qual os cidadãos devem olhar, mas são praticamente incapazes de tocar nela, ou mudá-la.
Foi essa visão da política como algo distante das nossas mãos, aliada a uma omissão coletiva, que nos trouxe até aqui.
Humberto Laudaresé especialista em políticas públicas e desenvolvimento. É Ph.D em Economia pelo Graduate Institute, em Genebra (Suíça), e mestre pela Universidade Columbia (Estados Unidos). Fez Ciências Sociais na USP e Administração na FGV de São Paulo. Trabalhou com políticas públicas em governos, no parlamento e em organismos internacionais. Para acompanhar sua página no Facebook: www.facebook.com/laudares
Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do Nexo.
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