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Tenta lembrar do pior dia da sua adolescência. Desculpa te pedir isso, sei que você, se for como a maioria de nós, humanos, vem tentando esquecer esse dia há anos – a humilhação, a vergonha, a decepção, a sensação de inadequação, de impotência, de incompreensão, de estar perdido, sozinho, encurralado. O medo.
A raiva.
Né? Sabe do que estou falando?
Muitos de nós bloqueamos para sempre essas lembranças sombrias de nossa história, mas quase todos, em algum grau, em algum momento, experimentaram isso. É natural – saudável até. Faz parte de crescer – sentir essas coisas é um marco importante da transição difícil entre a proteção da infância e a responsabilidade da vida adulta.
Lembrou do dia? Lembrou do ódio que você sentiu nessa ocasião, talvez de si mesmo, talvez projetado para fora em alguém?
Denis R. Burgiermané jornalista e escreveu livros como “O Fim da Guerra”, sobre políticas de drogas, e “Piratas no Fim do Mundo”, sobre a caça às baleias na Antártica. É roteirista do “Greg News”, foi diretor de redação de revistas como “Superinteressante” e “Vida Simples”, e comandou a curadoria do TEDxAmazônia, em 2010.
Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do Nexo.
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