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Após certo alívio com o que parecia ser a redução dos casos e de mortes decorrentes da pandemia da covid-19, eis que nos vemos alarmados com o retorno do aumento da incidência da doença, com os leitos de UTI voltando a escassear e o crescimento do número de mortes em vários países do mundo, inclusive no Brasil e particularmente no meu estado do Amapá.
O aumento do número de infecções pelo novo coronavírus verificado na Europa tem estimulado a retomada de medidas mais restritivas para impedir a contaminação descontrolada e o caos nos serviços de saúde ocorridos no início do ano. Países como Alemanha, Espanha e França adotaram novamente o lockdown, e outras nações não descartam ações parecidas. A tragédia não chegou ao fim e devemos nos preparar para uma segunda onda de contaminações, internações e mortes provocadas pela covid-19.
Até o dia 30 de outubro, a OMS (Organização Mundial de Saúde) havia registrado 45 milhões de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus. Dessas, quase 1,2 milhão perderam a vida. E, após um período de estabilidade de novas contaminações e mortes, verifica-se um aumento paulatino de casos e óbitos associados à pandemia.
Os Estados Unidos continuam liderando a lista de países com mais pessoas contaminadas e mortas devido à covid-19, seguido pela Índia, e com o Brasil ocupando um desonroso terceiro lugar no ranking. Por aqui, são cerca de 5,5 milhões de casos que somam aproximadamente 160 mil vidas perdidas. Números inaceitáveis e, infelizmente, anunciados.
A condução da resposta à pandemia do coronavírus no Brasil é apontada por autoridades internacionais de saúde como desastrosa, colocando-nos também perto do topo da lista das nações com as maiores perdas humanas e materiais decorrentes da covid-19. Desde a notificação do primeiro caso, diferentes ondas de contaminação varreram o país de norte a sul, assolando populações e levando caos aos sistemas de saúde em um ciclo de dor, aflição e morte.
Randolfe Rodrigues
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