Caroline Fernandes
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Caroline Fernandes é coidealizadora da Livraria Pulsa, primeiro estabelecimento do país a se dedicar exclusivamente à temática LGBTI+. Aqui, ela indica livros de escritoras lésbicas
Natalia Borges Polesso (Não Editora, 2015)
A leitura de “Amora” faz um convite para celebrar e perscrutar as diferentes manifestações de amor e desamor entre mulheres. Juntas, essas histórias revelam um delicado retrato do mundo, repletas de nuances e complexidades.
Alison Bechdel (Trad. Carol Bensimon, Todavia, 2021)
Narrada como uma novela ilustrada, a história se passa em tempo real: as personagens se conhecem, se apaixonam, atam e desatam relacionamentos, trocam de empregos, envelhecem, e suas vidas ao longo de 20 anos refletem as mudanças sociais, culturais e políticas dos Estados Unidos.
Cidinha da Silva (Pallas, 2018)
No livro de contos “Um Exu em Nova York”, Cidinha da Silva apresenta uma perspectiva contemporânea e ficcional do cotidiano, sobre temas como política, crise ética, racismo religioso, perda generalizada de direitos (principalmente por parte das mulheres, negros e grupos LGBTI+). A autora considera que esses são marcadores importantes do século 21 e classifica a obra como um “livro-dínamo”.
Cheryl Clarke (Trad. Cecília Floresta, A Bolha, 2021)
“Vivendo como uma lésbica” é uma impressionante coletânea de poemas feita por Cheryl Clarke. Como o título dá a entender, muito do conteúdo do livro gira em torno de amar e sobreviver enquanto lésbica no século 20. Clarke também escreve sobre racismo e injustiça e reflete sobre as pessoas e acontecimentos de seu mundo.
Audre Lorde (Trad. Lubi Prates, Elefante, 2021)
Chamado não de autobiografia, mas de biomitografia, a obra é um emaranhado indissolúvel de conteúdo autobiográfico e de ficção, no qual as histórias das mulheres que fizeram parte da vida de Audre Lorde são reverenciadas e integradas à sua própria construção identitária.
Caroline Fernandes é editora de texto e, junto com Fer Krajuska, idealizadora da Livraria Pulsa. Localizado em São Paulo, o estabelecimento é o primeiro do país a se dedicar exclusivamente à temática LGBTI+.
NOTA DE ESCLARECIMENTO: Este texto diz que a Pulsa é a primeira livraria exclusivamente voltada à temática LGBTI+ no Brasil. Segundo as fundadoras do estabelecimento, trata-se da primeira iniciativa a se destinar a todas as identidades abrangidas pela sigla. Isso não exclui o fato de a Pulsa ter sido precedida por espaços culturais como a Livraria Futuro Infinito, de São Paulo, que nos anos 1990 promovia eventos e vendia livros voltados a temas de gênero e sexualidade GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes, sigla usada na época, mais restritiva do que a atual). Esta nota foi incluída às 16h47 de 16 de maio de 2022.
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