Por que o governo Temer resiste em divulgar a lista suja do trabalho escravo
Bruno Lupion
10 de março de 2017(atualizado 28/12/2023 às 02h19)Planalto derrubou ordem judicial que determinava a publicação do documento, oculto desde 2014. Ministério quer alterar critérios de inclusão de empresas na lista, que as pune com danos de imagem e restrição a empréstimos
Homens que trabalhavam em condições análogas à escravidão em fazenda no Norte
O governo federal obteve na terça-feira (7) uma decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) para adiar a divulgação da lista suja do trabalho escravo, que havia sido ordenada por juízes de primeira e segunda instância. A decisão foi favorável a um recurso apresentado pelo Palácio do Planalto ao tribunal. Elaborada pelo Ministério do Trabalho, a lista contém o nome das empresas flagradas com funcionários em condições análogas à escravidão.
A Advocacia-Geral da União, que representa o governo na Justiça, afirma que não se opõe à divulgação do documento, mas que, ao recorrer das decisões que determinam a publicação, busca garantir tempo para os novos critérios que estão sendo definidos pelo Ministério do Trabalho, que, segundo o governo, eliminariam o que considera insegurança jurídica.
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