Expresso

Como a Vale se beneficiou de lei que acelerou licenças ambientais

Estêvão Bertoni

29 de janeiro de 2019(atualizado 28/12/2023 às 02h27)

Dias após tragédia de Mariana, em 2015, governo de Minas aprovou lei que criava projetos ‘prioritários’. Até 2018, um quarto deles era da mineradora, incluindo o de barragem que ruiu

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FOTO: ADRIANO MACHADO/REUTERS

Portão da Vale, em Brumadinho, onde barragem de rejeitos de minério ruiu em 25 de janeiro de 2019

A mineradora Vale, dona da barragem de rejeitos que se rompeu na sexta-feira (25), em Brumadinho (MG), matando 84 pessoas e deixando outras 276 desaparecidas até o início da noite de terça-feira (29), foi a empresa que mais se beneficiou de uma lei proposta e sancionada pelo governo do estado nos dias seguintes à tragédia de Mariana, em 2015. Ela priorizou o licenciamento ambiental de grandes empreendimentos em Minas Gerais.

O texto criou a categoria de “projetos prioritários”, escolhidos pelo governo, acelerou a concessão de licenças ambientais, e foi aprovado pela Assembleia Legislativa em 25 de novembro de 2015, apenas 20 dias após a barragem da Samarco (que pertence à Vale e à BHP Billiton) ruir, matar 19 pessoas e deixar um rastro de destruição até o Espírito Santo. Ao todo, 57 deputados estaduais votaram a favor do projeto de lei, e nove, contra.

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