Expresso

Como os números da economia confrontam o discurso de Guedes

Marcelo Roubicek

02 de setembro de 2020(atualizado 28/12/2023 às 23h42)

Em março, ministro previa impacto pequeno da pandemia na atividade brasileira. Após queda histórica do PIB, ele desloca o otimismo para uma eventual recuperação

FOTO: ADRIANO MACHADO/REUTERS – 28.AGO.2020

Paulo Guedes olha para o lado e usa uma máscara branca com uma pequena bandeira do Brasil estampada

O ministro Paulo Guedes durante evento em Brasília

Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia do novo coronavírus. Naquele momento, as bolsas de valores pelo mundo reagiam ao avanço da doença, registrando quedas históricas. Diante dos sinais negativos vindos dos primeiros países afetados pelo vírus, os agentes dos mercados consideravam em suas negociações a iminente onda recessiva que atingiria a economia global.

O ministro da Economia do Brasil, no entanto, tinha um entendimento próprio sobre o assunto. Em 12 de março, Paulo Guedes afirmou que o país não estava “ sincronizado com a economia mundial”. Na leitura do ministro, se em meados da década de 2010 o Brasil estava em recessão enquanto o restante do mundo crescia, o inverso ocorreria em 2020. A pandemia poderia atrapalhar um pouco , mas não a ponto de afetar de forma drástica a trajetória positiva da economia brasileira. Na mesma semana, o governo revisou sua projeção para o crescimento do PIB no ano de 2,4% para 2,1% . O pior dos casos, para Guedes, seria uma alta de 1% .

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