O efeito dos ataques de Bolsonaro a jornalistas mulheres em 3 relatos
Isabela Cruz
28 de junho de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h34)Ao ‘Nexo’, profissionais falam sobre o caso de Patrícia Campos Mello, insultada pelo presidente em 2020, e como as frequentes investidas bolsonaristas a repórteres atingem o jornalismo como um todo
A jornalista Patrícia Campos Mello, em participação no ‘Jornal da Cultura’
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta quarta-feira (29) que Jair Bolsonaro deve indenizar a repórter Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, pelo presidente ter insinuado, de forma mentirosa , que ela ofereceu relações sexuais em troca de informações para uma reportagem. Bolsonaro terá que pagar R$ 35 mil reais à jornalista, já que o tribunal aumentou o valor da indenização determinado em primeira instância, que havia sido de R$ 20 mil.
O episódio, em fevereiro de 2020, alimentou uma onda de ataques à profissional.O insulto do presidente, que se valeu da ambiguidade para dizer que a jornalista “queria dar o furo”, foi feito a apoiadores após as reportagens de Campos Mello voltarem à tona com a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Fake News no Congresso. Em 2018, a repórter revelou como um esquema de financiamento ilegal de disparos em massa no WhatsApp turbinou a campanha de Bolsonaro à Presidência naquele ano por meio da disseminação de notícias falsas.
NEWSLETTER GRATUITA
Enviada à noite de segunda a sexta-feira com os fatos mais importantes do dia
Gráficos
O melhor em dados e gráficos selecionados por nosso time de infografia para você
Destaques
Navegue por temas