Como planos podem configurar crime no golpismo de Bolsonaro
Isabela Cruz
22 de setembro de 2023(atualizado 28/12/2023 às 22h08)Em delação premiada, ex-presidente foi acusado de procurar comandantes militares para planejar ação contra o resultado eleitoral. Professores de direito falam ao ‘Nexo’ sobre como essas conversas, se comprovadas, podem afetar a responsabilização penal do político
O então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, e o então presidente Jair Bolsonaro, durante desfile cívico-militar de 7 de setembro
Jair Bolsonaro e seu entorno não eram apenas “ muro das lamentações ” de inconformados com o resultado eleitoral de 2022, como ele afirmou sobre o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens. Segundo delatou à Polícia Federal o próprio militar, seu chefe discutiu plano de golpe de Estado com comandantes das Forças Armadas, conforme revelaram na quinta (21) os jornalistas Bela Megale, do jornal O Globo, e Aguirre Talento, do portal UOL.
Após passar o mandato tentando, sem provas, descredibilizar o sistema eleitoral, Bolsonaro não nega que já tenha pensado em golpe . Sobre debater crime do tipo, disse em 12 de setembro: “eu posso discutir qualquer coisa , posso pensar qualquer coisa, mas se não botar em prática não tem problema”, relatou o jornalista Lauro Jardim, na rádio CBN.
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