Como a pressão externa afeta os rumos da Venezuela

Marcelo Roubicek

29 de julho de 2024(atualizado 29/07/2024 às 23h18)

Países questionam resultado de eleição, e Maduro expulsa embaixadores. Brasil pede divulgação de dados detalhados do pleito. Pesquisadores em relações internacionais analisam situação

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FOTO: Toya Sarno Jordan/REUTERS - 28.JUL.2024 No meio de multidão, de noite, uma pessoa ergue uma bandeira da Venezuela com os braços para cima. É possível ver a silhueta da pessoa através da bandeira.

No meio de multidão, de noite, uma pessoa ergue uma bandeira da Venezuela com os braços para cima. É possível ver a silhueta da pessoa através da bandeira.

Protesto em frente à embaixada da Venezuela na Cidade do México

O governo venezuelano determinou nesta segunda-feira (29) a expulsão do corpo diplomático de sete países latino-americanos do seu território. A Venezuela também vai retirar seus representantes de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

A medida foi uma resposta às manifestações desses governos questionando os resultados da eleição presidencial de um dia antes. Os órgãos oficiais proclamaram a vitória de Nicolás Maduro para um terceiro mandato, mas a oposição contesta os dados, que não foram divulgados em detalhe pela autoridade eleitoral. Vários governos, entre eles o Brasil, expressaram preocupações e pediram transparência na contagem. Já aliados como China e Rússia parabenizaram Maduro na reeleição.

O processo eleitoral foi marcado por críticas internas e externas antes mesmo da ida dos venezuelanos às urnas. Neste texto, o Nexo mostra as diferentes reações da comunidade internacional à eleição na Venezuela e ouve pesquisadores em relações internacionais sobre o efeito dessas manifestações.