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“Saúde mental em contextos escolares” propõe um conjunto de reflexões sobre o tema

O Nexo dá início na terça-feira (24) à série “Saúde mental em contextos escolares”, propondo um conjunto de reflexões sobre o tema. O projeto é apoiado pela FJLES (Fundação José Luiz Egydio Setúbal), que também promoverá o evento gratuito “6º Fórum de Políticas Públicas da Saúde na Infância”, com o tema “saúde mental e comunidades escolares” no dia 2 de outubro de 2024, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e com transmissão em seu canal do YouTube. 

Apoiadora do Nexo Políticas Públicas desde 2022, a FJLES é uma instituição que atua em iniciativas sociais dedicadas à melhoria da qualidade de vida na infância, ao conhecimento científico sobre a saúde infantil e à assistência médica infanto-juvenil. A organização realiza encontros anuais para tratar de temas prementes relacionados à saúde de crianças e adolescentes. 

Acompanhando o tema do encontro de 2024, a série especial, publicada ao longo de duas semanas, trará textos, entrevistas e gráficos sobre o estado da saúde mental de crianças e adolescentes em contextos escolares e quais os principais desafios nesse campo. Todos os conteúdos terão acesso livre.

A saúde mental nas escolas

A Organização Mundial da Saúde estima que 14% das crianças e adolescentes entre 10 a 19 anos têm algum tipo de transtorno mental. No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar mais recente revelou que 31,4% dos alunos entrevistados disseram se sentir tristes com frequência e 17,7% apresentaram uma avaliação negativa da sua saúde mental.

Casos de suicídio, ataques violentos, automutilação e bullying são a face mais aparente das transformações surgidas da pandemia de covid-19 e da exposição ao mundo digital. Na escola, a piora na saúde mental também acaba impactando os índices de evasão e o processo de aprendizagem dos alunos. 

Pesquisadores, organizações da sociedade civil e membros do poder público se debruçam sobre o tema há tempos, que tem causas complexas e multifatoriais. Em janeiro, o governo federal sancionou a lei que instituiu a Política Nacional de Saúde Mental nas Escolas, um dos mais recentes resultados de um movimento que encampa pesquisadores, organizações da sociedade civil e membros do poder público. 

Segundo um estudo da Unicef, intervenções para a prevenção de ansiedade, depressão e suicídio nas escolas geram um retorno de US$ 21,5 a cada US$ 1 investido. “É na escola que crianças e adolescentes passam o maior tempo e, além delas, toda a comunidade escolar, incluindo os profissionais da educação, podem se beneficiar das ações”, afirma a pesquisadora Dayana Rosa, do IEPS (Instituto de Estudos para a Política de Saúde), em texto para o Nexo Políticas Públicas. 

Sobre a parceria

A série “Saúde mental nas escolas” tem o apoio da FJLES, que atua em iniciativas sociais voltadas ao público infantojuvenil. 

“Mais uma vez estamos felizes em contar com a parceria do Nexo para qualificar o debate público sobre a situação da saúde mental de crianças e adolescentes neste nosso país que é tão desigual, racista e violento. É fundamental refletirmos sobre os desafios da comunidade escolar em assegurar um ambiente protetivo para o desenvolvimento saudável das diferentes infâncias do Brasil”

José Luiz Egydio Setúbal

Presidente da Fundação Luiz Egydio Setúbal

Para Marina Menezes, diretora de relações institucionais e operações do Nexo, a parceria é importante para jogar luz ao assunto de forma propositiva.

“Pelo quarto ano consecutivo, publicamos uma série especial a partir do tema do fórum de políticas públicas de saúde na infância da FJLES. Essa parceria nos provoca a produzir conteúdos com um olhar propositivo, buscando saídas para as questões urgentes do país, como é atualmente o cuidado com a saúde mental de crianças e adolescentes nas escolas”

Marina Menezes

diretora de relações institucionais e operações do Nexo