PIB: o que moveu a atividade econômica do Brasil em 2024
Da Redação
07 de março de 2025(atualizado 07/03/2025 às 23h21)Economia desacelerou no quarto trimestre, mas resultado anual é o maior desde a retomada em 2021, após o auge da pandemia. Serviços e indústria foram destaques
Construção de prédio em Brasília
O PIB (Produto Interno Bruto do Brasil) fechou o ano de 2024 com um crescimento de 3,4% em relação a 2023, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (7).
R$ 11,7 trilhões
foi o PIB do Brasil em 2024
O resultado veio abaixo da projeção média de analistas ouvidos pela agência Reuters, que era de um crescimento de 4,1%. Estimativas mais recentes variaram entre 3,4% e 3,5% e acabaram ficando mais próximas do resultado. Essas expectativas foram sendo revisadas ao longo do ano. O PIB final foi quase o dobro do que se previa em março de 2024.
A atividade econômica também teve uma desaceleração no quarto trimestre em relação aos três meses anteriores, registrando uma alta de 0,2%. Ainda assim, o avanço trimestral foi de 3,6% em relação ao mesmo período em 2023.
Um levantamento do jornal Folha de S.Paulo mostrou que a economia brasileira foi uma das que mais cresceram no ano. Computando os países da OCDE e emergentes, o PIB do Brasil teve a quinta maior alta em 2024, atrás apenas de China, Costa Rica, Rússia e Dinamarca.
Os segmentos que mais cresceram nem 2024 foram os seguintes:
A agropecuária, por sua vez, foi pior do que no ano anterior, sobretudo devido a adversidades climáticas. O setor registrou uma queda de 3,2% na atividade econômica em 2024, com destaque para as produções menores de soja e de milho.
Economistas ouvidos pelo Nexo ao longo de 2024 apontaram que a economia brasileira vinha crescendo acima do seu potencial, o que poderia alimentar um cenário de inflação. O Banco Central também retomou um ciclo de alta de juros para evitar o aumento de preços.
O PIB (Produto Interno Bruto) é o resultado da soma de todos os novos bens e serviços produzidos em um país em certo período. Por ser um indicador de quanto e como a economia produziu em um intervalo de tempo, ele aponta se a atividade econômica expandiu, encolheu ou se manteve igual na comparação com outros momentos.
Como é a soma da produção de bens e serviços em um país, o PIB é um valor absoluto. Ou seja, ele é um número e pode ser quantificado em reais, em dólares ou em qualquer outra moeda do mundo.
O PIB não representa toda a riqueza que existe no país. Ele é um indicador de fluxo. Ou seja, ele trata somente dos novos bens e serviços produzidos.
Normalmente, as notícias ligadas ao PIB trazem porcentagens em destaque. Essas porcentagens não são o PIB em si, mas sim a variação do PIB, fruto da comparação do produto de dois intervalos diferentes.
Se a soma de tudo que foi produzido em um país em um período for maior do que a soma no período anterior, essa porcentagem será positiva, e será noticiado um crescimento. Se ela for menor, fala-se em queda do PIB ou contração da economia — que, em alguns casos, pode se encaixar no conceito de recessão.
Se a soma de tudo que foi produzido em um país em um período for maior do que a soma no período anterior, essa porcentagem será positiva, e será noticiado um crescimento. Se ela for menor, fala-se em queda do PIB ou contração da economia — que, em alguns casos, pode se encaixar no conceito de recessão.
É possível olhar para esse indicador de diferentes maneiras. Uma delas é vendo informações sobre os setores que produziram bens e serviços naquele período — quanto veio da indústria, dos serviços ou da agropecuária.
Outra maneira de medir o PIB é pela demanda, ou seja, entendendo quem consumiu o que foi produzido pelos setores. Entram nessa conta:
4,8%
foi o aumento da despesa de consumo das famílias em 2024, em relação ao ano anterior
1,9%
foi o aumento da despesa de consumo do governo em 2024, em relação ao anterior
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