Justiça veta isenção para quem faltou ao Enem por medo da covid
Da Redação
05 de julho de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h13)Para a Defensoria Pública da União, decisão afeta estudantes de baixa renda que buscam ingresso no ensino superior. Justiça Federal considerou regras que não preveem o temor de contágio entre as justificativas de ausência
Estudantes conferem prova na saída do Enem 2020
Estudantes de baixa renda isentos do pagamento da taxa de inscrição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2020 que faltaram à prova por medo de contrair a covid-19 não poderão receber nova isenção no exame de 2021, determinou a Justiça Federal em São Paulo.
A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (5) após um pedido da Defensoria Pública da União para que o temor de contágio fosse considerado uma justificativa de ausência, segundo o portal G1.
De acordo com as regras atuais, candidatos isentos que faltam à prova e não justificam a ausência segundo determinados critérios não têm direito a receber isenção no ano seguinte. Os critérios aceitos pelo governo federal em 2020 não levam em conta o contexto da pandemia. Entre eles aparecem:
Inviabilizar o pedido de isenção de taxa para candidatos que faltaram à prova por causa das aglomerações impede o ingresso no ensino superior de “inúmeros estudantes pobres”, disse o defensorJoão Paulo Dorini ao G1. Para a Justiça, porém, mudar as regras poderia causar prejuízos ao Enem 2021.
A isenção da taxa de inscrição do Enem é concedida a pessoas que se enquadram em critérios de renda, estudaram em escolas públicas ou foram bolsistas em instituições privadas. O benefício busca ampliar o acesso à prova, usada para o ingresso no ensino superior. A taxa em 2021 é de R$ 85. O Enem está com as inscrições abertas desde 30 de junho. O prazo final é 14 de julho.
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