FOTO: UESLEI MARCELINO/REUTERS – 30.MAR.2021

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (5) que “não há pressa” para desobrigar o uso de máscaras de prevenção à covid-19 no país. Ele também disse que a medida ainda está sendo estudada pelo ministério e que “isso tem que ser feito com base na ciência”.

“Primeiro é necessário fazer um estudo científico. Depois que vem o estudo, aí o parecer é emitido. Não há pressa para se fazer isso. Isso tem que ser feito com base na ciência, o que temos defendido de forma reiterada ”, disse Queiroga a jornalistas durante uma visita ao Hospital Regional do Guará, no Distrito Federal.

Em 10 de junho, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que solicitaria um parecer desobrigando o uso de máscara por quem já foi vacinado ou já contraiu a covid-19 e se recuperou. Na ocasião, Queiroga disse que o estudo seria feito, mas que a vacinação precisava avançar para que a medida fosse colocada em prática.

Nesta segunda (5), o ministro declarou que asolicitação feita por Bolsonaro foi encaminhada ao Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. A secretaria é comandada por Hélio Angotti Neto, médico considerado alinhado ao presidente Jair Bolsonaro.

Especialistas encaram com preocupação a possibilidade de desobrigação do uso de máscaras e dizem que, no cenário atual, a proteção é necessária mesmo para quem já foi vacinado ou já contraiu a doença. Eles lembram que vacinas não são 100% eficazes, e há também risco de reinfecção. Além disso, o uso de máscaras também se faz necessário por incertezas com relação à capacidade das vacinas impedirem que imunizados transmitam o vírus para outras pessoas.

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