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Ameaça à eleição: ministro da Defesa terá de se explicar na Câmara

Da Reuters

03 de agosto de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h16)

General Walter Braga Netto será questionado por comissão de deputados sobre denúncia feita por jornal de que ele teria condicionado a realização das eleições à adoção do voto impresso

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FOTO: MARCELO CAMARGO/AG. BRASIL – 16.02.2018

General Walter Souza Braga Netto

General Braga Netto, ministro da Defesa de Bolsonaro, quando assumiu como interventor federal no Rio de Janeiro, nomeado por por Michel Temer, em 2018

Uma comissão da Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (3) um pedido de convocação do ministro da Defesa, o general da reserva Walter Braga Netto, para que ele explique supostas ameaças à realização das eleições de 2022. Com a convocação, ele fica obrigado a comparecer à Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara.

O pedido tem como base uma reportagem de julho de 2021 publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual o ministro, por meio de um interlocutor ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), teria condicionado a realização da eleição à adoção do voto impresso.

A convocação foi pedida pelo deputado Rogério Correia (PT-MG).“A suposta ameaça, se confirmada, se constitui em grave crime praticado contra o sistema democrático, definido constitucionalmente, fato este que precisa ser apurado pelo parlamento brasileiro e demais órgãos estatais de investigação e controle e, se comprovada a ameaça, adotar as providências cabíveis”, diz o pedido.

Após a publicação da reportagem do Estadão, Braga Netto negou em nota ter feito ameaças, mas defendeu a discussão do voto impresso das urnas eletrônicas. A fala relatada pelo jornal ecoa o discurso do presidente Jair Bolsonaro, principal entusiasta da proposta do voto impresso.

Com queda na popularidade e pressionado por investigações contra seu governo, o presidente tem feito frequentes ameaças às eleições e intensificado o discurso golpista que acusa supostas fraudes nas urnas eletrônicas, embora nunca tenha havido provas de irregularidades. Na segunda-feira (2), o Tribunal Superior Eleitoral abriu um inquérito administrativo para apurar as ameaças ao sistema eleitoral, na mais contundente reação de autoridades à atitude de Bolsonaro até agora.

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