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Borba Gato: Justiça paulista dribla STJ e mantém ativista preso

Da Redação

06 de agosto de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h16)

Decisão de tribunal superior demorou para ser cumprida. Primeira instância, então, transformou prisão temporária em prisão preventiva, mantendo motoboy que incendiou estátua atrás das grades

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FOTO: REPRODUÇÃO INSTAGRAM/REVOLUÇÃO PERIFÉRICA – 24.JUL.2021

Estátua de Borba Gato, localizada no bairro de Santo Amaro em São Paulo, em chamas e imersa em nuvem de fumaça preta

Estátua de Borba Gato em chamas

Um dia após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) ordenar a soltura do ativista e motoboy Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Galo, a Justiça paulista encontrou um jeito de mantê-lo atrás das grades. Galo foi preso no fim de julho pelo incêndio ao monumento do bandeirante Borba Gato em São Paulo.

A primeira prisão era temporária. O ministro do STJ Ribeiro Dantas revogou essa ordem na quinta-feira (5). Mas a determinação do ministro não foi cumpria. A polícia então fez um novo pedido, para substituir a prisão temporária por prisão preventiva.

Nesta sexta-feira (6), a juíza de primeira instância Gabriela Marques da Silva Bertoli decretou a prisão preventiva (sem prazo de duração). A manobra fez com que a decisão do tribunal superior perdesse a validade.A juíza paulista também determinou a prisão de outros dois suspeitos de participar do incêndio da estátua de Borba Gato, na zona sul paulistana, em 24 de julho.

Segundo postagens da página do entregador no Twitter, que classificou a morosidade no cumprimento da decisão de uma afronta ao ordenamento jurídico . O ativista segue preso no 11º Distrito Policial de São Paulo. O motoboy, conhecido pelo ativismo por direitos de entregadores de aplicativos, foi preso no dia 29 de julho ao se apresentar de forma voluntária à polícia. O incêndio na estátua de Borba Gato, segundo ele, era uma foma de “ abrir um debate ” sobre os bandeirantes paulistas, cuja história é marcada pela violência contra negros e indígenas.

Ativistas, movimentos sociais e políticos condenam a prisão de Galo, que consideram arbitrária e política. A defesa do militante diz que ele colaborou com as investigações e não tem antecedentes criminais. A esposa de Galo, que não participou do incêndio, também ficou presa por dois dias, mas sua prisão foi revogada.

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