Plano para 2022 prevê dose de reforço e vacina para crianças
Da Redação
09 de outubro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h26)Ministro da Saúde fez anúncio em coletiva em que também relativizou os 600 mil mortos pela covid e criticou o uso obrigatório de máscaras
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No dia em que o Brasil atingiu a marca de 600 mil mortos pela covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em coletiva de imprensa os planos para a imunização em 2022 . O planejamento da pasta prevê a aplicação de doses de reforço para os adultos e a possibilidade de vacinar crianças , caso a medida seja aprovada pela Anvisa. Na coletiva, Queiroga também relativizou o número de mortes pela covid e se manifestou contra a obrigatoriedade do uso de máscaras.
O plano de vacinação do próximo ano conta com a reserva de 70 milhões de doses destinadas a crianças menores de 12 anos, mas até o momento nenhuma vacina obteve autorização da Anvisa para ser administrada neste público. O Ministério da Saúde também pretende destinar ao menos uma dose de reforço para a população entre 18 e 59 anos, e duas doses para os idosos e imunossuprimidos. Essa parcela da população, mais vulnerável ao vírus, deve receber a vacina semestralmente.
Segundo o ministro, o governo espera contar com 354 milhões de doses para 2021. São doses que, de acordo com a pasta, já foram adquiridas ou que estão em fase avançada de compra. Essa conta inclui um saldo de 134 milhões de doses compradas neste ano e que devem sobrar para o próximo. Elas se somarão a mais 100 milhões de doses da Pfizer e 120 milhões da Astrazeneca que serão entregues em 2021.
O governo não planeja, à princípio, adquirir novas doses da Coronavac , vacina fabricada pelo Instituto Butantan. A justificativa é, que diferente da Astrazeneca e da Pfizer, esta não possui registro definitivo da Anvisa, apenas autorização para uso emergencial. O mesmo vale para a Janssen. Queiroga afirmou que a decisão pode ser revista caso os imunizantes recebam registro definitivo.
Na coletiva, o ministro foi questionado por uma jornalista a respeito dos 600 mil mortos pela covid e sobre quais medidas poderiam ter sido tomadas para evitar tantas perdas. Ao responder, relativizou o número e o comparou aos óbitos por outras doenças .“Em primeiro lugar, só de doença do coração são 380 mil [mortes] todos os anos. Se contar no mesmo período, nós teríamos também cifras alarmantes”, disse. Ao longo da sexta-feira (8), Queiroga também questionou em diversas ocasiões o uso de máscaras e se disse “ absolutamente contrário ” à obrigatoriedade da medida.
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