Guedes chama Marcos Pontes de ‘burro’ durante reunião
Da Redação
27 de outubro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h28)Ministro da Economia criticou o titular da Ciência por execução orçamentária da pasta. Para vice-líder do governo na Câmara, que confirmou a fala, não houve maldade na declaração
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante cerimônia de programa federal de acesso a crédito
O ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou de “ burro ”o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, revelou nesta quarta-feira (27) o jornal Folha de S.Paulo. A fala foi confirmada pelo deputado Evair de Mello (PP-ES), vice-líder do governo na Câmara, e ocorreu durante uma reunião de Guedes com membros da Comissão de Ciência e Tecnologia da Casa na terça-feira (26). O tema do encontro era a execução orçamentária do ministério comandado por Pontes.
De acordo com a Folha, Guedes se referiu a Pontes como “burro” ao mencionar que a pasta não utiliza recursos liberados com a mesma celeridade de ministérios como o da Infraestrutura. O ministro da Economia disse ainda que não falta dinheiro ao país, “mas gestão”, e que havia muita incompetência na aplicação de recursos públicos . Nem Paulo Guedes nem Marcos Pontes comentaram o teor da declaração até a manhã desta quarta-feira (27).
A crítica de Guedes vem duas semanas depois de Pontes reclamar de um corte de R$ 600 milhões no orçamento da Ciência para 2022. Em publicações no Twitter no dia 10 de outubro, o ex-astronauta afirmou que a medida era uma “ falta de consideração ”. Cinco dias depois da postagem, o ministro foi cobrado pelo presidente Jair Bolsonaro para “jogar junto” do governo .
O deputado Evair de Mello (PP-ES), que confirmou à Folha a fala, disse ainda que não havia maldade no tom de Guedes, e sim pragmatismo. “O ministro está vendo que chegou novembro e nós precisamos dar agilidade às execuções orçamentárias. É atitude de quem é responsável. O Paulo Guedes vai ser cobrado no final de ano pelo todo”, afirmou Mello.
“Ele [Guedes] está fazendo o papel dele de botar pilha e cobrar dos ministros as execuções financeiras. A irritação dele é mais um discurso de autoestima, vamos lá, vamos virar 24h, vamos empenhar, vamos definir prioridades. É o capitão motivando o time”, defendeu.
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