Processo contra Ricardo Barros no caso Covaxin é arquivado
Da Redação
23 de novembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h32)Nome do líder do governo teria sido citado por Bolsonaro como envolvido em caso de corrupção na compra de vacinas. Relatório da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados apontou, porém, falta de provas
Ricardo Barros em reunião em 2018, quando era ministro da Saúde do governo Temer
O procedimento disciplinar contra o líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), aberto com o objetivo de apurar suspeitas de irregularidades na atuação do deputado na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal, foi arquivado na terça-feira (23) pelo Conselho de Ética, por 13 votos a 6.
A representação contra Barros havia sido protocolada pelo PSOL depois que o deputado Luís Cláudio Miranda (DEM-DF) afirmou à CPI da Covid, em junho, que ele e o irmão, Luís Ricardo Miranda, que é funcionário do Ministério da Saúde, informaram pessoalmente ao presidente Jair Bolsonaro haver indícios de irregularidades na aquisição do imunizante. Segundo o depoimento à comissão, Bolsonaro citou o nome do líder do governo como envolvido no suposto esquema. A compra da vacina acabaria cancelada após o caso vir à tona.
O PSOL alegou que Barros havia quebrado o decoro parlamentar e pediu a perda de seu mandato. O deputado nega irregularidades e diz que Bolsonaro foi induzido a citar seu nome por Miranda, que levou ao presidente uma reportagem com sua foto. Ele afirma que a CPI da Covid criou uma narrativa sobre corrupção para envolvê-lo.
No relatório final da CPI, apresentado no final de outubro, os senadores pediram sua punição sob suspeita de incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa. O presidente Bolsonaro também passou a ser investigado por prevaricação no caso Covaxin.
O relator do procedimento contra Barros na Comissão de Ética, Cezinha Madureira (PSD-SP), apresentou relatório defendendo o arquivamento por considerar que a representação contra o líder do governo não traz “qualquer elemento mínimo comprobatório” de ilegalidade.
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