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Presidente da Caixa é notificado por exigir flexões em festa

Da Redação

17 de dezembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h34)

Procuradoria do Trabalho do Distrito Federal recomenda que episódio que ocorreu em evento do banco em Atibaia (SP) não seja repetido, sob pena de abertura de investigação

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FOTO: ADRIANO MACHADO/REUTERS – 06.JUL.2021

Pedro Guimarães está de terno, gravata, máscara e crachá da Caixa Econômica Federal

Pedro Guimarães, presidente da Caixa, em evento em Brasília

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, foi notificado na quinta-feira (16) pelo Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal por ter feito funcionários do banco “pagarem flexões” durante um evento de fim de ano na terça-feira (14), na cidade de Atibaia, em São Paulo. O órgão recomendou a Guimarães que não repita o episódio nem submeta mais os trabalhadores a “situações de constrangimento no trabalho”.

O evento chamado de Nação Caixa foi realizado num hotel na cidade, com a presença de gerentes, superintendentes e funcionários de alto escalão. Além das flexões, os presentes foram instados a “dar estrelas” como ginastas. Segundo a Procuradoria, o descumprimento da recomendação está sujeito a pena de abertura de uma investigação e “adoção de medidas administrativas e judiciais para correção da conduta”. Nesse caso, o presidente do banco poderá ser responsabilizado nos âmbitos civil, criminal e administrativo.

No documento, o procurador Paulo Neto ressalta que assédio moral é “uma violência psicológica, tendo o condão de produzir graves consequências à saúde mental dos trabalhadores” e lembra que o Tribunal Superior do Trabalho já reconheceu como “abusivo e reprovável” exigir que um funcionário faça flexões de braço.

O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região decidiu na quinta-feira (16) enviar ao Ministério Público do Trabalho uma denúncia de assédio moral contra a direção do banco por causa do episódio. Além do sindicato, a confederação dos bancários e a federação de trabalhadores da Caixa divulgaram uma nota conjunta em que chamam a conduta de Guimarães de “extremamente constrangedora”.

A denúncia feita à Procuradoria do Trabalho do Distrito Federal destaca que o presidente da Caixa “imita o presidente Jair Bolsonaro” ao estimular as flexões. Em diversas ocasiões, Bolsonaro já incitou o ato comum aos militares. O episódio em Atibaia foi interpretado como um agrado de Guimarães ao presidente.

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