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Banco Central tem debandada após ajuste salarial para policiais

Da Redação

03 de janeiro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h17)

Servidores entregam cargos comissionados para pressionar por reunião com presidente da autarquia. Em novembro, Bolsonaro prometeu aumento para todas as categorias do funcionalismo público

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FOTO: UESLEI MARCELINO/REUTERS – 23.09.2015

Sede do Banco Central em Brasília. É possível ler "Banco Central do Brasil" enquanto pessoas entram e saem do prédio.

Sede do Banco Central em Brasília

Servidores do Banco Central que ocupam posições de chefia começaram a entregar seus cargos nesta segunda-feira (3). De acordo com o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), há aproximadamente 500 posições comissionadas na autarquia, mas ainda não há um balanço de quantos aderiram ao movimento.

Na prática, isso não significa que estejam pedindo demissão . Eles mantêm seus cargos concursados, mas estão abrindo mão de cargos comissionados. Isso abre a possibilidade de uma paralisação do órgão, que faz parte de um movimento maior do funcionalismo. Na quarta-feira (29), diversas categorias do serviço público federal decidiram fazer paralisações em janeiro de 2022 para pressionar por reajuste salarial.

A movimentação dos funcionários do Banco Central tem como objetivo pressionar por uma reunião com o presidente da entidade, Roberto Campos Neto e é também uma resposta ao reajuste salarial que deixa de fora diversas categorias do funcionalismo público. Aprovado pelo Congresso no dia 21 de dezembro de 2021, o Orçamento de 2022 prevê R$ 1,74 bilhão para aumento da remuneração apenas para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes do Departamento Penitenciário Nacional – categorias tradicionalmente aliadas ao presidente Jair Bolsonaro.

Essa não é a primeira movimentação de uma das categorias preteridas diante dos policiais. No dia seguinte à aprovação do Orçamento no Congresso, servidores da Receita Federal promoveram uma debandada no órgão , com mais de 900 cargos de chefia sendo abandonados.

Em 16 de novembro de 2021, Bolsonaro chegou a prometer reajuste para todas as categorias de servidores federais em caso de aprovação da PEC dos Precatórios. O texto foi aprovado e promulgado em dezembro – ele abre mais de R$ 100 bilhões em espaço adicional no Orçamento de 2022 –, mas a previsão de reajuste se restringiu aos policiais.

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