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Diretor-geral da PF troca chefia de setor que investiga Bolsonaro

Da Redação

17 de março de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h24)

Vinte dias depois de governo mudar novamente diretoria-geral da Polícia Federal, delegado Caio Pellim assume área responsável por inquéritos que têm como alvo políticos e autoridades

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FOTO: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Placa escrito Departamento da Polícia Federal, com um prédio ao fundo, uma árvore e céu azul

Sede da Polícia Federal em Brasília

O delegado Caio Pellim foi nomeado nesta quinta-feira (17) novo diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção da Polícia Federal, setor responsável por investigar políticos e autoridades, entre eles o presidente da República, Jair Bolsonaro. Com a mudança, publicada no Diário Oficial da União, Luis Flavio Zampronha deixa o cargo.

A troca foi determinada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Marcio Nunes de Oliveira , e já era esperada desde 25 de fevereiro, quando o ministro da Justiça Anderson Torres o colocou no cargo. Braço-direito de Torres, Nunes de Oliveira se tornou o quarto diretor-geral à frente da PF desde o início do mandato de Bolsonaro.

O presidente é alvo de quatro inquéritos no Supremo Tribunal Federal, cujas diligências são cumpridas pela PF, inclusive um por suspeitas de interferência política na Polícia Federal com o objetivo de proteger aliados e familiares que entraram na mira dos investigadores.

Em três anos de governo Bolsonaro, pelo menos 20 cargos-chave da PF tiveram substituições , segundo levantamento do jornal Estado de S. Paulo de dezembro de 2021. O acúmulo de mudanças é atípico, e segundo especialistas na área de segurança, traz instabilidade e aumenta o desgaste interno da corporação.

Caio Pellim assume o comando da diretoria após atuar como superintendente da Polícia Federal em Rondônia (2017-2020), Rio Grande do Norte (2020-2021) e Ceará (desde junho de 2021). Antes, foi delegado regional executivo no Mato Grosso do Sul.Luis Flavio Zampronha, que foi exonerado do cargo, liderou as investigações do Mensalão do PT e conduziu a investigação de hackers que acessaram mensagens do ex-juiz Sergio Moro, de procuradores da Operação Lava Jato e outras autoridades. Ele estava na diretoria desde abril de 2021.

Quando Nunes de Oliveira assumiu a chefia da Polícia Federal, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tentou , em pedido enviado ao Supremo, proibir o novo chefe de trocar delegados responsáveis por diretorias estratégicas até a conclusão dos inquéritos já iniciados contra autoridades com foro privilegiado. Mas os esforços do parlamentar não foram para frente.

Na mesma portaria do Diário Oficial de quinta, foi registrada mudança na Diretoria de Gestão de Pessoal da Polícia Federal. O delegado Oswaldo Paiva da Costa Gomide deixou o cargo, dando lugar à delegada Mariana Paranhos Calderon.

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