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Biden libera reservas de petróleo para conter alta de combustíveis

Da Redação

31 de março de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h26)

Presidente americano autoriza a liberação de 1 milhão de barris por dia por seis meses para tentar baixar o preço da commodity e controlar a inflação nos EUA

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FOTO: EVELYN HOCKSTEIN/REUTERS

Biden em pronunciamento na Casa Branca anunciando medidas para conter alta dos preços do petróleo no mercado internacional 31/03/022

Biden em pronunciamento na Casa Branca anunciando medidas para conter alta dos preços do petróleo no mercado internacional 31/03/022

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (31) que vai liberar parte das reservas estratégicas americanas de petróleo para conter a alta dos preços dos combustíveis no país. Ele autorizou a venda de 1 milhão de barris por dia pelo prazo de seis meses, numa reação à alta do petróleo provocada pela guerra na Ucrânia e à aceleração da inflação nos EUA.

As reservas estratégicas de petróleo dos EUA foram criadas na década de 70 , durante a crise do embargo árabe de petróleo, e contêm centenas de milhões de barris que são de propriedade do governo. D esde novembro de 2021, Biden já liberou em duas ocasiões a venda de uma parcela desse suprimento, mas os efeitos nem sempre foram duradouros. A medida atual representa, no entanto, o maior volume já liberado na história americana . O presidente americano também defendeu ações para forçar as petroleiras do país a elevarem sua produção.

De acordo com Biden, outros países podem se juntar a esse esforço, disponibilizando “de 30 a 50 milhões de barris” de suas próprias reservas. Após o anúncio, o preço da commodity fechou o dia em queda . Os contratos de petróleo Brent para junho recuaram 6,04%, a US$ 104,71 o barril, na Intercontinental Exchange. Nos Estados Unidos, os contratos do petróleo WTI para maio fecharam em baixa de 6,99% , a US$ 100,28 o barril, na New York Mercantile Exchange.

A redução das cotações desta quinta também refletiu a decisão da Opep+, o clube ampliado da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e outros produtores importantes, de acelerar o ritmo de aumento da produção da commodity em 432 mil barris por dia a partir de maio.Desde a invasão da Ucrânia, os EUA e outros países do Ocidente impuseram sanções à compra de petróleo da Rússia, que é um dos maiores exportadores da commodity no mundo. O conflito também dificulta o comércio na região.

Assim como acontece em outros lugares do mundo, a alta nos combustíveis tem alimentado a inflação nos EUA, o que contribui para derrubar a aprovação de Biden . Os Estados Unidos terão, em novembro, eleições para toda a Câmara dos Deputados e para 34 dos 100 assentos do Senado nas chamadas “midterm elections”, que também são vistas como um referendo informal sobre o mandato do presidente de turno.

No Brasil, segundo dados da empresa de gestão de frotas Ticket Log, que monitora cerca de 21 mil postos, o preço médio do litro da gasolina no país chegou a R$ 7,323 nesta quinta-feira (31), o que representa um aumento acumulado de 6,9% no mês de março. Em 10 de março, a Petrobras anunciou um mega-aumento no combustível, no diesel e no gás de cozinha.A insatisfação do governo com a política de preços da estatal em ano eleitoral levou o presidente Jair Bolsonaro a fazer mudanças no comando da empresa.

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