FOTO: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

O Ministério de Minas e Energia informou na quarta-feira (6) que a bandeira de escassez hídrica na conta de luz — que originalmente duraria até o fim de abril — teve seu encerramento antecipado para o dia 16, quando passará a valer a bandeira tarifária verde. O presidente Jair Bolsonaro também compartilhou a informação nas redes sociais.

Com a bandeira verde, não será feita cobrança adicional na conta de luz dos brasileiros. A bandeira escassez hídrica, mais cara que a bandeira vermelha, que estava em vigor desde setembro de 2021 por conta da falta de chuvas e do encarecimento na produção de energia, estabelecia um custo adicional de R$ 14,20 para cada 100 kWh de energia consumidos ao longo do mês, exceto para as famílias inscritas na Tarifa Social .

As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que costuma informar as mudanças. Desta vez, a decisão de adiantar a bandeira verde foi tomada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. Os dois órgãos são ligados ao Ministério de Minas e Energia.

O governo afirma que o nível de chuvas nos últimos meses e a adoção de medidas emergenciais permitiram reduzir o acionamento das usinas termelétricas— mais caras e poluentes que as hidrelétricas —, o que possibilitou a suspensão da tarifa adicional.

A mudança deve resultar em uma redução média de 20% na conta de luz do consumidor residencial, segundo o Ministério de Minas e Energia. Com a manutenção das atuais condições de chuva, a pasta diz que a perspectiva é de bandeira verde até o fim de 2022.

ESTAVA ERRADO: Uma versão anterior deste texto dizia que a bandeira vermelha estava em vigor. Na verdade, a bandeira usada desde setembro era a de escassez hídrica, que prevê cobrança adicional à vermelha. O texto foi corrigido às 9h30 de 8 de abril de 2022.

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