Teixeira Coelho, crítico e ex-diretor do Masp, morre aos 78 anos

Da Redação

04 de junho de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h32)

Ele comandou o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand por oito anos e estava internado desde abril por conta de uma mielodisplasia

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FOTO: REPRODUÇÃO/YOUTUBE DEPARTAMENTO DE DIFUSÃO CULTURAL DA UFRGS

José Teixeira Coelho Neto em depoimento para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul

O professor e crítico de arte Teixeira Coelho morreu na madrugada deste sábado (4), em São Paulo, aos 78 anos. Coelho morreu por complicações de uma mielodisplasia, doença semelhante à leucemia , de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.

Coelho havia recebido o diagnóstico em outubro de 2021. Após passar por sessões de quimioterapia, recebeu em fevereiro de 2022 um transplante de medula. No fim de abril, ele voltou a ser internado. O professor iria receber alta na sexta (3), mas sua saúde se agravou.

José Teixeira Coelho Netto foi professor titular e professor emérito da USP (Universidade de São Paulo), além de professor sênior do Instituto de Estudos Avançados da mesma universidade. Se formou em direito pela Universidade de Guarulhos, em 1971, e fez mestrado em Ciências da Comunicação na ECA (Escola de Comunicação e Artes), da USP, em 1976. Em 1981 fez doutorado na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), também da USP, em Teoria Literária e Literatura Comparada.

Foi diretor do Masp (Museu de Arte de São Paulo) entre 2006 e 2014, época em que o museu passava por uma das maiores crises financeiras da sua história. Antes, já havia dirigido o MAC (Museu de Arte Contemporânea da USP), entre 1998 e 2002. Também atuou na curadoria da Bienal de Curitiba em 2013 e 2015 e foi professor de História da Arte no Mackenzie.

O crítico planejava lançar um novo livro em 2023 sobre arte e cultura computacional, sequência de “eCultura: a Utopia Final e Sinais e Maravilhas da Arte e Cultura na Era Digital “. Também publicou livros como “Moderno Pós-Moderno, Arte e Utopia – Arte de Nenhuma Parte”, “Dicionário Crítico de Política Cultural”, “História Natural da Ditadura”, “Niemeyer: Um Romance” e “As Fúrias da Mente “. Também colaborou com publicações na Folha de S.Paulo e contribuiu para a construção do Observatório Itaú Cultural , com cursos e exposições.