FOTO: AMANDA PEROBELLI/REUTERS – 13.MAR.2020

Uma pesquisa do instituto Datafolha publicada no domingo (12) mostra que metade da população brasileira é a favor das cotas raciais em universidades públicas. Entre os entrevistados, 34% se disseram contrários à política pública, 12% não souberam responder e 3% se declararam indiferentes.

A pesquisa foi realizada pelo Datafolha em parceira com o Cesop (Centro de Estudos da Opinião Pública), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em março. Foram ouvidas 2.090 pessoas a partir de 16 anos em 130 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O levantamento mostra que o apoio às cotas raciais é maior entre os mais jovens, escolarizados e de maior renda. No grupo de 16 a 24 anos, apenas 21% são contrários as cotas. Entre aqueles com 60 anos ou mais, o índice sobe para 49%.

A legislação que prevê a adoção de cotas raciais nas universidades públicas entrou em vigor em 2012 e destina vagas a estudantes negros, pardos e indígenas. Essa prática foi implementada para tentar corrigir diferenças históricas que resultaram em padrões desiguais de inclusão social e, mais especificamente, de acesso à educação. Pela lei, existe a possibilidade de haver uma revisão dessa política em 2022, quando sua implementação completa uma década.

De acordo com uma pesquisa da Ação Educativa e do Lepes (Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação Superior), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), 39% do público das universidades brasileiras eram de pretos, pardos e indígenas em 2019.

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• Explicado : O sistema de cotas raciais
• Externo : A fórmula da equidade
• O que a ciência já respondeu : 4 pontos sobre a revisão