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Ministro propõe encontro de equipes do TSE e das Forças Armadas

Da Redação

15 de junho de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h38)

Em ofício enviado ao presidente do tribunal, ministro da Defesa Paulo Nogueira sugeriu uma reunião para ‘resolver divergências e discutir propostas sobre o processo eleitoral’

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FOTO: MARCOS CORRÊA/PR/AGÊNCIA BRASIL

General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira durante solenidade de Passagem do Cargo de Comandante do Exército em abril de 2021

General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira durante solenidade de Passagem do Cargo de Comandante do Exército em abril de 2021

O ministro da Defesa, general da reserva Paulo Sérgio Nogueira, enviou nesta quarta-feira (15) um ofício aopresidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Edson Fachin, em que propõe um encontro entre as equipes técnicas da Corte e das Forças Armadas. Segundo o militar, a reunião poderá servir para “discutir as propostas apresentadas pelas Forças Armadas”. Nogueira sugeriu ainda que o encontro pode ajudar a “dirimir eventuais divergências técnicas” que teriam surgido nos trabalhos da Comissão de Transparência das Eleições.

No documento, o titular da Defesa diz ainda que deseja “assinalar que a pasta não apresentou propostas técnicas ao TSE, tendo somente reiterado as propostas das Forças Armadas, elaboradas no âmbito da CTE, entendidas como essenciais para fortalecer a segurança, a transparência, a confiabilidade e a auditabilidade do processo eleitoral”.

A poucos meses das eleições de outubro, o TSE e o ministro da Defesa trocaram ofícios sobre os questionamentos feitos pelas Forças Armadas a respeito do sistema de votação. Na sexta-feira (10), Nogueira encaminhou ao tribunal uma carta que afirma que as Forças Armadas não se sentem “devidamente prestigiadas” pelo tribunal. O texto cita as respostas técnicas do TSE sobre o sistema eleitoral e alega que ainda não foi possível discutir as propostas dos militares. Fachin enviou na segunda-feira (13) um ofício à pasta em que defende que o diálogo é necessário para fortalecer a democracia e afirma ter “elevada consideração pelas Forças Armadas”.

Criada para as eleições de 2022, a Comissão de Transparência do TSE é formada por representantes de 12 instituições, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o Ministério Público Eleitoral, e é responsável por fazer recomendações ao tribunal para aprimorar o processo eleitoral. O colegiado conta com especialistas, representantes da sociedade civil e instituições públicas na fiscalização e auditoria das urnas.

O TSE buscou aproximação com Forças Armadas para conter ameaças golpistas do presidente Bolsonaro. Após ganharem uma cadeira na Comissão de Transparência Eleitoral, os militares têm pressionado o tribunal e levantado dúvidas sem fundamento sobre o sistema de votação, assim como faz o próprio presidente. Ministros do Supremo e da corte eleitoral avaliam nos bastidores que o espaço dado aos militares no processo eleitoral, algo que Bolsonaro tem tentado expandir, foi um erro. A avaliação é compartilhada por diversos analistas políticos.

ESTAVA ERRADO: A primeira versão deste texto informava que Paulo Sérgio Nogueira é um general da ativa. Na verdade, ele foi transferido para a reserva em abril de 2021. A informação foi corrigida no dia 10 de agosto de 2022, às 19h30.

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