FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER ELIKA TAKIMOTO 16.07.2022

Aliados de Marcelo Freixo (PSB), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, afirmaram que foram provocados e hostilizados neste sábado (16) pelo deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB-RJ) durante agenda de pré-campanha na praça Saens Peña, zona norte da capital fluminense . Militantes que estavam no local publicaram nas redes sociais vídeos que mostram discussões entre dois grupos e afirmaram que Amorim e as pessoas que o acompahavam quebraram bandeiras e provocaram brigas. Não há relatos de feridos.

O deputado estava acompanhado do irmão e atual secretário estadual de Defesa do Consumidor Rogério Amorim (PTB), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e seguranças. Em declaração dada ao jornal O Globo, o advogado e pré-candidato a deputado pelo PT Rodrigo Mondego afirmou que os bolsonaristas seguiram o grupo de oposição, empurrando e xingando os presentes. “Não foi algo espontâneo. Eles se organizaram para atacar a nossa mobilização”. Os seguranças de Amorim estavam armados, segundo Mondego.

Amorim disse em seu perfil no Twitter que havia marcado um encontro com apoiadores e amigos na praça Saens Peña, de onde seguiriam para um evento promovido pelo seu partido no bairro São Cristóvão. O deputado afirmou em nota que ele e sua família foram ofendidos pelos militantes e que o pré-candidato ao governo Marcelo Freixo contava com seguranças armados de forma irregular. De acordo com os militantes de partidos de esquerda que estavam no local durante o confronto, Freixo já havia deixado a praça quando Amorim e seus aliados chegaram.

Após o ocorrido, Mondego e outros militantes registraram ocorrência na 19ª Delegacia de Polícia, alegando crimes de injúria, difamação, calúnia, ameaça e de dano qualificado com emprego de violência. Já o deputado bolsonarista também afirmou ter realizado um registro na Polícia Civil de crime contra a honra, e outro no Ministério Público Eleitoral de propaganda ilegal antecipada que teria sido realizada por Marcelo Freixo.

Em 4 de julho, Amorim foi denunciado peloMinistério Público do Rio de Janeiro. O parlamentar é acusado de ter cometido crime de violência política de gênero contra a vereadora Benny Briolly (PSOL), de Niterói. De acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral, em discurso no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o deputado “assediou, constrangeu e humilhou” Benny por sua “condição de mulher trans”.

Amorim se tornou conhecido do público em outubro de 2018, quando já era candidato a deputado federal, por destruir uma placa em homenagem à vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), assassinada meses antes. Na imagem, que viralizou nas redes sociais, ele está ao lado do então candidato e hoje deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado por ataques ao Supremo.

ESTAVA ERRADO: Uma primeira versão deste texto se referia num momento ao deputado Rodrigo Amorim como Ricardo Amorim. O texto foi corrigido às 14:37 de 21 de julho de 2022.

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