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PL oficializa candidatura de Bolsonaro à reeleição

Da Redação

24 de julho de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h36)

O general e ex-ministro da Defesa Braga Netto foi apontado como vice na chapa do presidente em sua busca pelo novo mandato. Primeira dama Michelle Bolsonaro participou da cerimônia

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FOTO: RICARDO MORAES/REUTERS

Bolsonaro discursa durante a convenção nacional do PL, no Rio de Janeiro, que oficializou sua candidatura à presidência

Bolsonaro discursa durante a convenção nacional do PL, no Rio de Janeiro, que oficializou sua candidatura à presidência

O PL realizou neste domingo (24) uma convenção nacional no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, para oficializar a candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição e confirmar o general e ex-ministro da Defesa Braga Netto como vice. Em seu discurso, que teve duração de 1 hora e 9 minutos, Bolsonaro convocou seus apoiadores a irem às ruas no dia 7 de setembro e atacou o Supremo Tribunal Federal.

A aprovação da candidatura foi anunciada por volta das 11h17. Na sequência, Bolsonaro subiu ao palco e o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL) fez uma oração pelo presidente. Em seguida, a primeira dama Michelle Bolsonaro discursou, fazendo alusão a uma luta do bem contra o mal, dizendo que seu marido é “o escolhido de Deus” e afirmando que a reeleição “não é por um projeto de poder”, mas sim “por um propósito de libertação”. A equipe responsável pela campanha vê em Michelle uma forma de conquistar o voto das mulheres. Segundo o Datafolha, 61% desta fatia do eleitorado rejeitam o presidente.

Após o término da fala da primeira-dama, Bolsonaro pegou o microfone e fez um discurso exaltando as medidas do seu governo. Pouco antes do fim da sua fala, o presidente chamou os seus apoiadores para irem às ruas no 7 de setembro.“Nós somos maioria, nós somos do bem, nós temos liberdade para lutar pela nossa pátria. Convoco todos vocês agora, para que todo mundo, no 7 de setembro, vá as ruas pela última vez, disse.

Bolsonaro ainda discursou contra o STF.Esses poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Têm que entender que quem faz as leis é o Poder Executivo e o Legislativo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Interessa para todos nós. Não queremos o Brasil dominado por outra potência. E temos outras poucas potências de olho no Brasil.

Entre os aliados do presidente que marcaram presença no evento estão personalidades como o seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira, os deputados federais Daniel Silveira, Onyx Lorenzoni, Luiz Lima e Hélio Lopes, o senador Romário, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, os ex-ministros Eduardo Pazuello e Tarcísio de Freitas, o ex-presidente Fernando Collor de Mello e o advogado Frederick Wassef.

Os portões do evento foram abertos por volta das 8h20 e não exigiram ingressos. Inicialmente, a cerimônia contaria com cadastro pela internet, mas, segundo o partido, uma mobilização de opositores tentou esvaziar o evento. O PL chegou a cancelar os ingressos de 40 mil pessoas.A deputada federal Carla Zambelli (PL) acionou a Polícia Federal para apurar o caso, que segundo ela foi de responsabilidade de militantes de esquerda.

A grande maioria dos apoiadores de Bolsonaro que compareceram ao Maracanãzinho estava vestida com as cores verde e amarela. Do lado de fora, ambulantes vendiam uma camisa exaltando o artigo 142 da Constituição Federal, usado pelos bolsonaristas de forma infundada para alegar uma justificativa legal para uma intervenção militar no Brasil. Durante a cerimônia houve uma apresentação da dupla sertaneja Mateus e Cristiano. Eles cantaram o Hino Nacional e o jingle da campanha.É o capitão do povo que vai vencer de novo/ Ele é de Deus, e pode confiar/ Defende a família e não vai te enganar, diz um trecho da canção. O slogan da campanha é “Pelo bem do Brasil”.

A menos de três meses do primeiro turno, Bolsonaro está atrás do ex-presidente Lula nas pesquisas de intenção de voto. De acordo com o levantamento mais recente do Datafolha, divulgado em 23 de junho, ele recebeu 28% das menções dos entrevistados contra 47% do petista.

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