Lula começa campanha com aceno a evangélicos e críticas a Bolsonaro
Da Redação
16 de agosto de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h39)Candidato visitou fábrica em São Bernardo do Campo, na região que é berço do sindicalismo paulista. Ex-presidente discursou a operários do setor automotivo
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Lula no 1º comício de sua campanha presidencial nas eleições de 2022, em uma fábrica de automóveis em São Bernardo do Campo
O candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, começou sua campanha eleitoral na tarde desta terça-feira (16), com uma visita a uma fábrica de automóveis em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Em seu discurso, o candidato criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário. O ex-presidente afirmou que Bolsonaro foi possuído pelo demônio e que ele tenta manipular os evangélicos.
O petista também criticou a condução da pandemia de covid-19 no Brasil, afirmando que Jair Bolsonaro não “derramou uma lágrima pelas vítimas”. “Você [Bolsonaro] foi negacionista. Não acreditou na ciência, na medicina. Você acreditou na sua mentira. Se tem alguém que é possuído pelo demônio é esse Bolsonaro”, disse o ex-presidente. A frase foi umresposta a um vídeo publicado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em 9 de agosto, que tenta associar o petista a “trevas”.
Durante o ato de campanha desta terça (16), Lula afirmou ainda que o atual chefe do Executivo está tentando manipular os eleitores evangélicos. Ele chamou o atual mandatário de “fariseu” e disse que Bolsonaro está tentando controlar “a boa-fé de homens e mulheres evangélicos que vão à Igreja tratar da sua espiritualidade”.
O local escolhido para o primeiro ato de campanha de Lula é simbólico por ter sido o embrião do movimento sindicalista que projetou o ex-presidente para a política e para a vida pública. O candidato discursou por cerca de 20 minutos e relembrou a época em que atuava como sindicalista na região, afirmando que deve tudo o que aprendeu na vida e na política aos metalúrgicos do ABC. Além do ex-presidente, o ato contou também com a participação dos candidatos da coligação ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT); e ao Senado pelo mesmo estado, Márcio França (PSB). A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também compareceu.
O evento oficial que iria estrear a campanha do ex-presidente na manhã desta terça-feira foi cancelado a pedido da Polícia Federal por questões de segurança. Originalmente, a estreia ocorreria em uma metalúrgica na zona sul de São Paulo. A visita havia sido acertada entre a campanha do petista e lideranças da Força Sindical.
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