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Desmatamento na Amazônia é o maior em 15 anos, diz Imazon

Da Redação

17 de agosto de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h39)

Dados levantados pelo instituto referentes ao período de agosto de 2021 a julho de 2022 apontam para uma área desmatada equivalente a sete cidades de São Paulo

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FOTO: AMANDA PEROBELLI/REUTERS

Área desmatada da floresta amazônica no Mato Grosso

Área desmatada da floresta amazônica no Mato Grosso

Dados divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) apontam que foram desmatados 10,7 mil km² da Floresta Amazônica de agosto de 2021 a julho de 2022, área que equivale a sete vezes a cidade de São Paulo. Trata-se do pior resultado em 15 anos para esse período. Os números foram levantados através do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento).

Na comparação com os números de agosto de 2020 a julho de 2021, houve um aumento de 3% na área desmatada. A soma das áreas destruídas nos últimos dois calendários ultrapassa os 21,2 mil km², atingindo um território quase tão grande quanto o estado de Sergipe. Além disso, os dados divulgados nesta quarta representam o quarto recorde de desmatamento seguido desde o início das medições do Imazon, em 2008.

Levando em consideração somente o primeiro semestre de 2022, também houve um recorde na área destruída, que chegou a 6.528 km². Isso significa que, em apenas seis meses, uma área da floresta equivalente a cinco vezes a cidade do Rio de Janeiro foi derrubada.

Ainda de acordo com o levantamento, 36% do desmatamento em 2021-22 ocorreu na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia. “Isso indica que a Amacro [Amazonas, Acre e Rondônia] precisa de ações urgentes de proteção, principalmente para evitar que as florestas públicas ainda não destinadas virem alvo de grilagem. E, também, para impedir que a destruição avance pelas áreas protegidas da região, como as terras indígenas e as unidades de conservação”, afirmou a pesquisadora do Imazon Bianca Santos.

Na segunda semana de agosto deste ano, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou uma estimativa do desmatamento para esse mesmo período que foi levantada através do Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real): 8.590 km². A diferença nos resultados se deve ao fato de os satélites utilizados no sistema de medição do Imazon serem mais refinados, tendo a capacidade de detectar com mais precisão as áreas desmatadas.

No entanto, nem o Deter nem o SAD levantam os dados oficiais consolidados de desmatamento. O sistema que apura o consolidado é o Prodes (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia), que ainda não teve seus números divulgados.

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