FOTO: NACHO DOCE/REUTERS

A Noruega anunciou nesta segunda-feira (31) que irá retomar a contribuição financeira para o Fundo Amazônia depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais. O petista venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), tendo recebido 50,9% dos votos válidos no domingo (30) – 2,1 milhões de votos a mais que o incumbente.

O Fundo Amazônia foi criado em 2008 como um mecanismo para atrair doações de países que quisessem apoiar projetos de preservação da floresta. A partir de 2009, a Noruega fechou acordo para contribuir com o fundo, e se tornou a principal financiadora .

Em 2019, o país escandinavo suspendeu as transferências por discordar da política ambiental do governo Bolsonaro, então em seu primeiro ano de gestão. Ao longo do mandato, houve avanço acelerado do desmatamento na Amazônia e desmonte das políticas de proteção ambiental – com esvaziamento de órgãos e discurso de minimização ou até negação dos problemas climáticos.

O anúncio da retomada dos repasses foi feito pelo ministro do Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, à agência AFP. Nas redes sociais, Eide parabenizou Lula, destacou que o petista defendeu a proteção da Amazônia ao longo da campanha e afirmou que “a Noruega espera revitalizar a extensa parceria climática e florestal com o Brasil”.

Lula assumirá o poder em 1° de janeiro de 2023, sob a promessa de combater crimes ambientais, reflorestar biomas e frear o desmatamento no Brasil. O desmatamento na Amazônia bateu um recorde de 15 anos em 2021, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), órgão do governo federal que monitora a floresta.

Continue no tema

• Expresso : O que acontece se o desmate seguir no ritmo atual
• Expresso : A Noruega e o Fundo Amazônia
• Expresso : Os desafios da pauta ambiental no novo Congresso