FOTO: DYLAN MARTINEZ/REUTERS – 22.NOV.2022

A vitória da Arábia Saudita sobre a Argentina, por 2 a 1 nesta terça-feira (22) é a maior surpresa da história da Copas do Mundo, afirmou a empresa americana Nielsen Gracenote, que trabalha com análise de dados do mundo esportivo e avalia estatisticamente as chances de vitórias das seleções de cada país. A informação foi publicada pela agência Reuters.

Em comemoração à vitória inesperada, o Salman bin Abdulaziz Al Saud, que comanda um regime autoritário na Arábia Saudita, transformou a quarta-feira (22) em feriado nacional . Antes do início da competição, a Gracenote projetou o time do Brasil ou da Argentina como o possível campeão da Copa do Qatar.

Para fazer as estimativas, a empresa leva em consideração fatores como perfil dos jogadores, origem do time e história da equipe. Por esse método, as chances de a Argentina sair do jogo contra os sauditas derrotada, algo que não acontecia havia 36 jogos, eram de 8,7%. A seleção argentina é a 3ª colocada no ranking mundial da Fifa, entidade organizadora do futebol mundial.

51º

é a posição atual da Arábia Saudita no ranking da Fifa

Capitão e principal jogador argentino, Lionel Messi relatou a tristeza do time a jornalistas e atribui a derrota à ansiedade dos jogadores. “Desperdiçamos inúmeras oportunidades para marcarmos nosso segundo gol”, disse ele, que é considerado um dos melhores jogadores da história do futebol mundial .Durante a partida, três gols da Argentina foram anulados por impedimento .

A maior zebra até hoje da história das Copas era, segundo a Gracenote, a vitória dos Estados Unidos sobre a Inglaterra em 1950, quando o Brasil foi anfitrião da competição, e as chances dos americanos sobre os ingleses não passavam de 9,5%. Mais recentemente, uma outra grande zebra, a sétima maior na série histórica da empresa, foi a vitória por 2 a 0 da Coreia do Sul sobre a Alemanha, em 2018, atropelando as chances de pouco mais de 14%.

O próximo jogo da Argentina será contra o México, no sábado (26). “Perder para a Arábia Saudita é dolorido, mas nosso grupo tem que se manter unido, para darmos a volta a esta situação”, disse Messi.

Continue no tema

• Expresso: A Copa do Qatar em sete pontos
• Expresso: A última chance de Messi numa Copa
• Expresso: A violência do regime da Arábia Saudita