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Pobreza tem aumento recorde e atinge 62,5 milhões em 2021

Da Redação

02 de dezembro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h50)

Proporção de negros e pardos pobres equivale a quase o dobro da de brancos, segundo dados do IBGE. Percentual de crianças com menos de 14 anos abaixo da linha de pobreza é o maior desde 2012  

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FOTO: RICARDO MORAES/REUTERS – 24.JUN.2021

Um homem de boné segura uma marmita e come de cabeça baixo. Ele está debaixo de um viaduto.

Homem come refeição recebida por doação debaixo de viaduto no Rio de Janeiro

Cerca de 62,5 milhões de brasileiros, ou quase 30% da população, estavam em situação de pobreza em 2021, enquanto 17,9 milhões (8,4%) estavam na extrema pobreza, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Esses foram os maiores números e os maiores percentuais de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Os resultados se explicam pelo aumento também recorde desses dois grupos em 2021:

22,7%

foi quanto aumentou o percentual de pessoas abaixo da linha de pobreza em 2021, o equivalente a 11,6 milhões de pessoas

48,2%

foi quanto aumentou o percentual de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza em 2021, o equivalente a 5,8 milhões de pessoas

Os dados se baseiam nas linhas de pobreza propostas pelo Banco Mundial, que considera uma pessoa em situação de pobreza quando seus rendimentos são de US$ 5,50 PPC (R$ 486mensais per capita) e em situação de extrema pobreza quando eles são de US$ 1,90 PPC (R$ 168 mensais per capita).

A proporção de negros e pardos pobres (37,7%) equivale a quase o dobro da proporção de brancos (18,6%), segundo o IBGE. Além disso, a maioria (62,8%) das pessoas que vivem em domicílios chefiados por mulheres sem cônjuge e com filhos com menos de 14 anos estavam abaixo da linha de pobreza em 2021.

46,2%

das crianças com menos de 14 anos estavam abaixo da linha de pobreza em 2021; o percentual é o maior da série histórica, iniciada em 2012

Em 2021, o rendimento domiciliar per capita caiu para R$1.353, o menor nível desde 2012. “A recuperação do mercado de trabalho em 2021 não foi suficiente para reverter as perdas de 2020. Isso e a redução dos valores do auxílio emergencial podem ajudar a explicar esse resultado”, disse André Simões, analista da pesquisa do IBGE.

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