FOTO: UESLEI MARCELINO/REUTERS – 06.DEZ.2019

A área queimada na Amazônia aumentou 14% no primeiro semestre de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022. Os dados são do projeto Monitor do Fogo, conduzido pela organização Mapbiomas, e foram divulgados nesta terça-feira (25).

Foram destruídos 1,45 milhão de hectares da Amazônia, o que corresponde a 68% de toda a área queimada do país nos primeiros seis meses do ano. Segundo o mapeamento, o estado de Roraima concentra cerca de metade da área queimada em todo o país entre janeiro e junho.

2,15 milhões

de hectares foram queimados no Brasil nos primeiros seis meses de 2023

Apesar do aumento na Amazônia, o total de área queimada no país é 1% menor em relação ao mesmo semestre de 2022. A Mata Atlântica e o Pantanal tiveram uma redução nas áreas queimadas entre janeiro e junho: foi a menor nos últimos cinco anos, como registrou o jornal O Dia.

O Cerrado teve 639 mil hectares de área queimada, o que corresponde a 30% do total. Segundo o Mapbiomas, o número registrado no bioma está na média, mas a situação pode se agravar com a chegada do fenômeno El Niño. O Nexo tem um vídeo que explica como ele ocorre.

As queimadas dispararam no meio do ano. O Mapbiomas mostra que os 543 mil hectares queimados em junho estão 203% acima da área queimada em maio de 2023. O cenário de junho é preocupante, como contou o jornal Folha de S.Paulo. “A melhor forma e mais consistente de combater os incêndios é combater o desmatamento”, disse ao jornal a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.