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Drag queens, atores e dançarinos em cena da abertura das Olimpíadas de Paris

A porta-voz dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Anne Descamps, veio a público no domingo (28) para dar explicações sobre a polêmica em torno de um dos trechos da abertura da competição, realizada dois dias antes.

Ela afirmou que não havia intenção de desrespeitar cristãos no momento em que houve a encenação de um banquete por drag queens. O momento foi visto por religiosos como uma zombaria, por emular a “Última Ceia” de Jesus.

“Nunca houve a intenção de demonstrar falta de respeito a qualquer grupo religioso. Ao contrário, creio que [junto com] Thomas Jolly [diretor artístico da cerimônia], realmente tentamos celebrar a tolerância comunitária. Ao observar o resultado das pesquisas, acreditamos que esse objetivo foi alcançado. Se as pessoas se sentiram ofendidas, claro, lamentamos muito”

Anne Descamps

porta-voz dos Jogos Olímpicos de Paris 2024

A Igreja Católica na França fez duras críticas à cena da cerimônia de abertura. A Conferência dos Bispos do país, onde a extrema direita vem crescendo na política, divulgou um comunicado dizendo o seguinte: “Infelizmente, esta cerimônia incluiu cenas de escárnio e zombaria do cristianismo, o que lamentamos profundamente”. Políticos conservadores também ficaram irritados, como mostrou o jornal Folha de S.Paulo.

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Religiosos compararam trecho da abertura à ‘Última Ceia’, representada na imagem acima por um quadro de Leonardo da Vinci

Diretor artístico da abertura das Olimpíadas de Paris, ocorrida sobre o rio Senna, Thomas Jolly negou que sua intenção fosse parodiar o trecho bíblico. “A ideia era fazer uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo”, disse o cerimonialista. Nas redes sociais, houve quem citasse como referência “A Festa dos Deuses”, que tem versões de Giovanni Bellini e Jan Harmensz van Bijlert. A cena pintada nos quadros mostra deuses reunidos num banquete, conforme lembrou a rede BBC Brasil.