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Dono do Telegram é preso na França por não moderar aplicativo

Da Redação

25 de agosto de 2024(atualizado 28/08/2024 às 14h47)

Bilionário russo Pavel Durov foi detido assim que pousou no país. Autoridades francesas investigam crimes que usam a plataforma como ferramenta central

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FOTO: Albert Gea / Reuters - 23.fev.2016

Pavel Durov, fundador e CEO do Telegram

O empresário Pavel Durov, CEO e fundador do Telegram, foi preso preventivamente neste sábado (24) após seu jato particular pousar no aeroporto Le Bourget, na região metropolitana de Paris. 

Ele tinha um mandado de prisão em aberto contra si na França. De acordo com a mídia local, a medida ocorre pela relutância de Durov em impor ferramentas de moderação no aplicativo de mensagens, central em uma série de crimes investigados no país, de casos de tráfico de drogas a terrorismo.

900 milhões 

de usuários mensais tinha o Telegram em abril de 2024, segundo a própria empresa

O empresário deve ficar preso pelo menos até esta segunda-feira (26), quando deverá se apresentar a um juiz. A embaixada da Rússia se mobilizou para dar apoio consular a Durov e afirma que a França está se recusando a cooperar, de acordo com a Rádio França Internacional. 

Nascido na Rússia, Durov tem 39 anos e estourou com a rede social VK, que se tornou a mais popular em sua terra natal. Em 2014, após entrar em conflito com o governo de Vladimir Putin, ele vendeu sua participação na empresa e deixou o país. Residente em Dubai, ele se naturalizou cidadão dos Emirados Árabes Unidos e da França. A revista Piauí publicou um perfil do empresário, que tem uma fortuna estimada em US$ 15,5 bilhões.

Os canais de transmissão de mensagens do Telegram foram desenhados de forma a garantir a privacidade dos usuários e torná-los opacos às autoridades. Por isso, a empresa enfrenta problemas em diversos países, como o Brasil. Este Expresso mostra por que o aplicativo foi bloqueado por aqui em 2022. 

O Telegram entrou em contato com o Nexo após a publicação deste texto. Em nota, a plataforma afirmou que segue a legislação europeia e que “sua moderação está dentro dos padrões da indústria e em constante melhoria.”

“O CEO do Telegram, Pavel Durov, não tem nada a esconder e viaja frequentemente pela Europa. É absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário são responsáveis pelo abuso dessa plataforma”

Telegram

em nota enviada ao Nexo nesta quarta-feira (28)

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