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Netanyahu ameaça cessar-fogo na Faixa de Gaza

Da Redação

15 de janeiro de 2025(atualizado 16/01/2025 às 22h06)

Anúncio ocorreu após negociações mediadas por EUA, Qatar e Egito. Conflito teve início em 7 de outubro de 2023 e é o mais longevo da região

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FOTO: Divulgação/Forças de Defesa de Israel 31.10.2023Blindados cercam a entrada da Faixa de Gaza

Blindados cercam a entrada da Faixa de Gaza no início da ofensiva de Israel em outubro de 2023

Benjamin Netanyahu ameaçou nesta quinta-feira (16) não aprovar o cessar-fogo entre Israel e Hamas. Na véspera, foi anunciado que as partes tinham chegado num acordo para pausar a guerra na Faixa de Gaza, que se arrasta desde 7 de outubro de 2023.

Segundo o primeiro-ministro israelense, o Hamas teria descumprido um dos pontos acordados. Ele, no entanto, não apresentou provas disso nem especificou qual seria esse ponto de inflexão. O grupo extremista palestino nega que tenha havido um recuo por parte deles.

“O Hamas voltou atrás em partes do acordo alcançado com os mediadores e Israel numa tentativa de extorquir concessões de última hora”

Gabinete de Benjamin Netanyahu

em comunicado publicado nesta quinta-feira (16)

Como contou o jornal americano The New York Times, havia uma reunião programada para esta quinta-feira (16) entre membros do governo israelense para aprovar o acordo. Ainda não se sabe se o impasse com o Hamas atrasará o início do cessar-fogo. A trégua está prevista para começar no domingo (19).

467

foi o número de dias de guerra na Faixa de Gaza até o anúncio desta quarta-feira (15)

As negociações entre o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e representantes do grupo extremista ocorreu no Qatar, com mediação do país e participação de EUA e Egito, conforme registrou o site G1.

Horas antes do anúncio oficial, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, adiantou que havia acordo, como lembrou o jornal Folha de S.Paulo. O conflito teve início com uma ação sem precedentes do Hamas em solo israelense, que deixou 1.200 mortos e mais de 250 reféns.

Como resposta, o governo Netanyahu determinou a invasão da Faixa de Gaza, controlada politicamente pelo grupo extremista. Em novembro de 2023, as partes chegaram a um acordo de cessar-fogo, interrompido uma semana depois, como explicou o Nexo num Expresso. Parte dos reféns morreu, inclusive durante ações de Israel.

O número de mortos no território palestino ultrapassa 45 mil, segundo dados do governo local. Um estudo da revista científica The Lancet de julho de 2024 estima, porém, que a letalidade da guerra é bem maior, conforme mostrou a CNN Brasil.

Pelo acordo do atual cessar-fogo, o Hamas vai libertar 98 reféns sobreviventes, como informou o site G1. Em troca, Israel vai libertar cerca de 1.000 dos 12 mil prisioneiros palestinos que mantém em suas prisões. A troca será escalonada. As tropas israelenses só deixarão a Faixa de Gaza posteriormente.

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