Agropecuária e uso da terra são 61,6% das emissões brasileiras
Caroline Souza e Gabriel Zanlorenssi
08 de novembro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h30)Em 2020, essas fontes juntamente com a queima de combustíveis representaram 87,4% das emissões líquidas de gases de efeito estufa no país. Quase um quarto do volume vem da criação de gado
Em 2020, mais da metade das emissões líquidas de gases de efeito estufa do Brasil foram geradas pela agropecuária (37,8%) e por mudanças no uso do solo (23,8%), como o desmatamento para implantação de pastagens. Somadas à fração de emissões causadas pela queima de combustíveis (25,8%), essas fontes representam 87,4% do saldo líquido de 1,5 bilhões de toneladas emitidas no ano passado em CO2 equivalente.
A métrica utilizada para medir emissões considera a contribuição de cada gás para a retenção de energia térmica na atmosfera (efeito estufa) fazendo a equivalência de seu impacto no clima do planeta com a quantidade de gás carbônico que geraria efeito semelhante.Por isso, as emissões são medidas em toneladas equivalentes de CO2 independentemente do gás causador.
Entre os gases que também causam mudanças climáticas está o metano (CH4), que é produzido por processos biológicos, como a decomposição da matéria orgânica. No Brasil, 24,5% das emissões líquidas são provenientes desse processo, conhecido como fermentação entérica.
Quando animais que pastam ingerem matéria vegetal, ela é parcialmente processada por bactérias em seus estômagos. Como resultado, os microorganismos produzem metano, que é expelido pelo animal. Do total de emissões por fermentação entérica no Brasil, 97% são provenientes da digestão do gado, segundo o Observatório do Clima.
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