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Você conhece bem a realidade da sua cidade? Faça o teste

Murilo Roncolato, Rodolfo Almeida e Ibrahim Cesar

27 de setembro de 2016(atualizado 12/03/2024 às 15h01)

A partir de dados sobre a proporção de domicílios atendidos com água encanada ou em situação de pobreza, avalie seu conhecimento sobre os municípios brasileiros

Parceria Centro de Estudos Metropolitanos

Você já deve ter feito o teste aqui noNexo sobre aspectos da realidade do Brasil . E a realidade da sua cidade, você conhece?

Em parceria com o CEM (Centro de Estudos da Metrópole), preparamos um quiz para você avaliar o quanto sabe sobre as cidades brasileiras – sobretudo a sua. Abaixo, insira uma cidade e em seguida responda questões como sobre o percentual de domicílios com água encanada, energia ou coleta de lixo; ou ainda sobre o índice de desigualdade e a taxa de analfabetismo do município. As informações sobre os municípios vêm do Censo do IBGE do ano 2010, mas dado que as mudanças sobre esses aspectos se dão a passos lentos, o retrato que eles apresentam é ainda bem próximo da realidade atual.

Para responder,  clique sobre o valor que você acredita ser o correspondente ao seu município. Depois, é só clicar em “Pronto” para registrar a resposta. O resultado final levará em conta a proximidade da sua escolha com a resposta correta. Em todas as réguas, deixamos indicada a média brasileira para o índice, para que você tenha um parâmetro. Comece:

Selecione uma cidade:

Você está por dentro da realidade de: realidade brasileira?

1. Qual a porcentagem de domicílios de seu município com acesso a coleta de esgoto?

Use o slider para chegar ao valor desejado

A média brasileira é 41,69%. Dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 425 contam com pelo menos 90% dos seus domicílios com acesso à coleta de esgoto – a maior parte nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Na outra ponta, 195 cidades têm de zero a 20% dos domicílios assistidos – na maioria, elas estão em Estados das regiões Nordeste (Bahia, Maranhão, Piauí, etc) e Norte (Pará, Amazonas, Rondônia, etc).

2. Qual o percentual de residências de seu município que conta com água encanada?

A média brasileira é 67,85%. Cidades como Tenório (PB) e Betânia do Piauí (PI), ambas com uma população menor que 6 mil habitantes, não contam com qualquer estrutura para a oferta de água encanada. Além delas, outras 303 cidades (na maioria de Estados como Pará, Rondônia, Santa Catarina, Maranhão e Piauí) têm 30% ou menos dos seus domicílios com esse direito garantido.

Acima de 90% de residências com água encanada estão um total de 755 cidades – como Jandira (SP), Belo Horizonte (MG) e Madre de Deus (BA) –, sendo a maioria dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

3. O acesso a energia elétrica está disponível para qual porcentagem dos domicílios em seu município?

A média brasileira é 96,65%. O acesso de domicílios à energia elétrica é disseminado. O número de cidades com 50% ou menos de casas atendidas por rede elétrica não passa de 10. Estão entre eles os municípios de Uiramutã (RR), Balbinos (SP), Jordão (AC) e Dom Inocêncio (PI).

No topo da lista, os municípios com 90% ou mais de domicílios atendidos por energia elétrica chegam a 5.118 (92% do total de cidades brasileiras).

4. Em seu município, qual o percentual de residências atendidas por coleta regular de lixo?

A média brasileira é 69,06%. Cidades como Barueri (SP), Timbó (SC) e Nova Hartz (RS) fazem parte do grupo de 1.291 municípios com 90% ou mais de domicílios atendidos pela coleta regular de lixo. Na base desse ranking, com 10% ou menos dos domicílios atendidos, estão 26 municípios. Entre eles, 19 estão no Estado do Maranhão, tais como Bacurituba, Luís Domingues, Belágua e Sucupira do Riachão.

5. Qual o percentual de domicílios em seu município em situação de pobreza (a renda total do domicílio dividida por cada membro equivale a até 1/2 salário mínimo por pessoa)?

A média brasileira é 44,93%. No Brasil, há 1.012 municípios com 70% ou mais dos seus domicílios em situação de pobreza, ou seja, cujos moradores recebem (dividindo-se a renda domiciliar por cada um) menos de meio salário mínimo. A maioria desses municípios pertencem aos Estados do Maranhão (166), Bahia (147), Piauí (125) e Ceará (93). Use isto como referência: em 2010 (os dados são do Censo daquele ano), meio salário mínimo equivalia a R$ 255 (o valor de meio salário mínimo em 2016 é R$ 440).

Municípios com apenas 10% ou menos dos domicílios em situação de pobreza se resumem a 200. Os mais abastados são dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tais como Carlos Barbosa (RS), Nova Pádua (RS) e Rio Fortuna (SC).

6. Qual o percentual de domicílios em seu município em situação de extrema pobreza (a renda total do domicílio dividida por cada membro equivale a até 1/4 de salário mínimo por pessoa)?

A média brasileira é 22,49%. O município com a taxa mais alta de domicílios em situação de extrema pobreza é Uiramutã (RR), com 78%, seguido de Marajá do Sena (77%). São 417 municípios que têm até 50% dos domicílios nessa situação, distribuídos em sua maioria entre os Estados do Maranhão (110), Piauí (67), Pará (43), Bahia (40), Amazonas (34), Ceará (32) e Alagoas (26).

Por outro lado, quase 2 mil municípios contam com 10% ou menos dos seus domicílios em situação de extrema pobreza, sendo oito com 0%: Cotiporã (RS), Carlos Barbosa (RS), Westfalia (RS), Nova Pádua (RS), Botuverá (SC), Rio Fortuna (SC), Nova Candelária (RS) e São Vendelino (RS).

7. Qual o índice de desigualdade de seu município (quanto mais próximo de 1, mais desigual)?

Aqui vale uma explicação antes do seu chute: para se medir a desigualdade, foi utilizado o coeficiente de Gini, que calcula a diferença entre um cenário de nenhuma desigualdade (valor zero), no qual todos ganham o mesmo; para o de desigualdade extrema (valor um), no qual uma só pessoa ganha a renda máxima.

A média brasileira é 0,46. Importante notar que ter um coeficiente baixo não significa que o município tem uma alta renda, mas apenas que seus moradores têm rendimentos mais similares entre si e, portanto, é menos desigual. Entre os mais desiguais, lidera com o maior coeficiente brasileiro a cidade de Isaías Coelho (PI), com 0,80. Sua renda domiciliar média é de R$ 396. Abaixo dela, seguem Buritinópolis (GO), Alto Parnaíba (MA), Aguiar (PB), Jacuizinho (RS), Abreulândia (TO), Herval (RS), Miraguaí (RS), Santa Cruz da Conceição (SP) e Capivari do Sul (RS); esta última, com coeficiente de 0,70 e renda domiciliar média de R$ 1163.

Quanto aos menos desiguais, há um total de 1.216 municípios com coeficiente menor ou igual a 0,40. Os casos mais extremos são as cidades de Caatiba (BA) – com coeficiente de 0,23 e renda média de R$ 285,74 –, Riachinho (TO), Presidente Kubitschek (MG), Passagem (RN), São José do Hortêncio (RS), Casinhas (PE), Senador Georgino Avelino (RN), Funilândia (MG), Branquinha (AL) e Nova Hartz (RS); esta última, com coeficiente de 0,28 e renda média de R$ 588,83.

8. Qual a renda média domiciliar mensal por pessoa de seu município?

A média brasileira é R$ 485,61. Apenas 149 cidades brasileiras contam com uma renda domiciliar média acima de R$ 1 mil – a maioria no Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. No topo da lista estão São Caetano do Sul (SP) – com renda de R$ 2.016 –, Niterói (RJ), Vitória (RS), Santana de Parnaíba (SP), Nova Lima (MG), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Santos (SP) e Balneário Camboriú (SC), esta última com R$ 1.611.

Na base do ranking, com renda até R$ 250 por pessoa no domicílio há um total de 1.017 cidades, a maioria de Maranhão, Bahia e Piauí. Com a menor renda média do Brasil, de R$ 96,65, está Marajá do Sena (MA); além de Uiramitã (RR), com R$ 117,47; e Santo Antônio do Içá (AM), com R$ 123,14.

9. Indique abaixo a taxa de analfabetismo para pessoas com dez anos ou mais em seu município.

A média brasileira é 14,74%. A cidade com a taxa mais alta de analfabetismo é Alagoinha do Piauí (PI), com 41,6% da sua população (com 10 anos ou mais) iletrada. Ela é seguida por Caxingó (PI), Caraúbas do Piauí (PI), Minador do Negrão (AL), Alto Alegre (RR) e Traipu (AL). Na última 40% dos habitantes são analfabetos. Em condição melhor, até 10% ou menos de população analfabeta, estão 2.415 cidades. Destaque para as cidades de Feliz (RS) – com 0,9% –, São João do Oeste (SC), Quatro Pontes (PR) e São Caetano do Sul (SP); este, com 1,5%.

10. Qual a porcentagem de crianças entre 7 e 10 anos que frequentam a escola em seu município?

A média brasileira é 98,09%. Olhando para a base, abaixo de 80% de crianças entre 7 e 10 anos frequentando a escola, estão 20 cidades distribuídas entre o Amazonas (nove), Roraima (quatro), Pará (duas), Acre (duas), Minas Gerais (uma), Maranhão (uma), Mato Grosso (uma). Com mais baixo desempenho no país estão os municípios de Santa Isabel do Rio Negro (AM), com 50,2% de frequência; Alto Alegre (RR), 52,3%; e Santa Rosa do Purus (AC), com 60,6%.

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